11 agentes do SERNIC
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) de Moçambique anunciou a expulsão de 11 agentes da instituição por envolvimento em raptos, roubos e associação criminosa, no primeiro semestre, assegurando que está em processo de “purificação de fileiras”.
“Queremos partilhar com a sociedade a expulsão de 11 agentes que fizeram parte desta instituição [SERNIC], como culminar de vários processos disciplinares instaurados contra os mesmos por pratica de diversas irregularidades e delitos criminais”, disse, esta quarta-feira, o porta-voz da corporação, Leonardo Simbine, em conferência de imprensa.
Cinco dos 11 agentes expulsos estão afectos à cidade de Maputo, cinco à província de Maputo e um à província de Tete, avançou Simbine.
Os visados têm idades entre 20 e 40 anos, com tempo de carreira entre um e 15 anos e tinham funções na investigação e instrução de processos-crime, acrescentou.
O porta-voz do SERNIC adiantou que os alegados infractores estão agora sob alçada criminal, que corre em acção independente do processo disciplinar.
“O SERNIC está em fase de purificação e nós não tolerámos a promiscuidade entre o serviço ao Estado e crime, a tolerância é zero”, destacou Leonardo Simbine.
As principais cidades moçambicanas são ciclicamente assoladas por raptos, com alguns processos-crime tendo como arguidos polícias, incluindo investigadores.
Um dos actos relacionados com os raptos em Moçambique ocorreu esta segunda-feira, quando um grupo de raptores tentou levar à forca um empresário da província da Zambézia, acção frustrada graças à valente e espectacular esposa e filha da vítima, episódio registado por um vídeo amador e que está a ser viral nas redes sociais.
Segundo relatos, raramente confirmados pelas autoridades, as vítimas de rapto são libertadas mediante pagamento de avultas somas de dinheiro e em quase todos os que já foram levados a tribunal aparecem sempre agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS) da República de Moçambique.
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