11º rapto este ano

11º rapto este ano Um empresário moçambicano foi hoje raptado em pleno dia no centro da cidade de Maputo por quatro homens armados.

A ocorrência foi esta tarde confirmada pelo porta-voz do comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Maputo, Leonel Muchina.

Leonel Muchina avançou que as autoridades estão no terreno a investigar o caso.

“Associamo-nos ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e trabalhos subsequentes estão agora a decorrer”, acrescentou Leonel Muchina, sem entrar em pormenores sobre o sucedido.

A vítima foi interpelada por um homem armado, quando se dirigia a uma barbearia que funciona num edifício de escritórios e habitações do centro de Maputo, após descer da viatura que era conduzida por uma outra pessoa.

O homem obrigou o empresário a entrar num carro em que estavam outras três pessoas armadas.

“Veio uma viatura em direcção à Avenida Salvador Allende e nela estavam quatro ocupantes e um deles saiu da viatura e obrigou o senhor a entrar no carro. O motorista do senhor raptado tentou resistir, mas os criminosos ameaçaram disparar”, disse uma testemunha.

Mensagens rapidamente disseminadas nas redes sociais referem tratar-se Ismael Harron e está ligado ao grupo Uzeir Trade Center, com sede na cidade Beira, capital da província de Sofala, Centro de Moçambique.

Este 11º rapto ocorre horas depois a soltura de uma refém tomada no início desta semana na cidade da Matola, província de Maputo, Sul de Moçambique.

A portuguesa Jéssica Pequeno, de 27 anos de idade, havia sido raptada na segunda-feira e foi solta quinta-feira.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) ainda não se pronunciou oficialmente sobre as circunstancias em que ocorreu a soltura de Jéssica Pequeno.

Jéssica Pequeno é filha de um casal proprietário do restaurante Burako da Velha, negócio familiar dos portugueses Dina Pequeno e Alberto Beto – onde também trabalham Jessica e o marido, Marco, pasteleiro chefe.

Este de hoje é o 11º rapto desde o deste 2020 e geralmente os visados são empresários ou seus familiares.

Em Outubro, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, Centro de Moçambique, paralisou, por três dias, as suas actividades em protesto contra a onda de raptos no país.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime e até o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, já pediu mais medidas.

 Redactor

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