Empresas fecham em Manica
Um total de 141 micro e pequenas empresas encerraram as suas actividades, ao longo dos primeiros nove meses do presente ano, na província central de Manica, em consequência da conjuntura económica desfavorável.
Como resultado, mais de 300 trabalhadores caíram no desemprego, segundo revelação do director provincial do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Mouzinho Carlos.
Em contrapartida, segundo o director, no mesmo espaço de tempo, 486 micro, pequenas e médias empresas entraram no mercado da província.
O Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP) colocou, por sua vez, no mundo laboral, 22.665 trabalhadores dos 16.654 planificados, contra 10.685 de igual período de 2015.
Do total de ingressos para o mercado laboral durante o período em apreço 2.497 são mulheres.
Mouzinho Carlos disse que as empresas que encerraram as suas actividades pagavam impostos e mais de 300 trabalhadores ficaram desprovidos de salários e, por esta via, engrossam o número de desempregados na província, além de dívida global no valor de 2,7 milhões de meticais contraída ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Questionado sobre se a tensão político-militar não terá contribuído para o encerramento das empresas em causa, tendo em conta que Manica é uma das províncias mais afectadas, o director do Trabalho, Emprego e Segurança Social disse que “temos conhecimento de uma empresa no distrito de Báruè que se dedica à criação e corte de gado caprino para comercialização que está com dificuldades de acesso e os seus 44 trabalhadores sem salários desde que eclodiu o conflito político-militar”.
As actividades desta empresa estão paralisadas, disse o dirigente ajuntando que embora ainda estejam lá animais e trabalhadores, não há direitos que provem da respectiva actividade, incluindo os impostos.
Redacção