18 membros do ND soltos
18 membros do partido Nova Democracia (ND), oposição, detidos há 46 dias em Moçambique, form hoje soltos depois de pagar o valor (720 mil meticais) necessário exigido como caução por um tribunal para serem libertados.
“Conseguimos reunir o valor através de uma campanha de angariação que decorreu nos últimos cinco dias”, disse a mandatária do partido, Quitéria Gueringuane.
O Próprio presidente da Nova Democracia, Salomão Muchanga, confirmou, em declarações ao Correio da manhã, a libertacao dos seus seguidores.
A campanha foi necessária dado que nem o partido, nem as famílias tinham a quantia, inacessível para a generalidade dos moçambicanos.
O grupo, composto 18 membros (maioritariamente por jovens), esteve detido na cadeia de Xai-Xai, capital provincial de Gaza, de onde foram libertos e imediatamente colocaram em circulacao nas reds soxiais imagens celentra ndo a liberdade com amigos, camaradas e familiares.
O partido e várias organizações internacionais consideraram desproporcional o valor de caução, bem como a prolongada prisão preventiva, uma vez que está em causa a alegada falsificação de uma credencial no dia das eleições – desmentida pelo ND.
Organizações moçambicanas e internacionais juntaram-se nas últimas semanas para repetir apelos à libertação, considerando a detenção como uma violação dos direitos humanos e um acto de intimidação política em Chókwè, localidade da província de Gaza, reduto do partido Frelimo, partido no poder em Mocambique desde que o país se tornou independente em 25 de Junho de 1975.
“Não nos basta viver na ilusão de uma liberdade provisória. Continuaremos em luta até que eles e nós sejamos efectivamente livres”, acrescentou Quitéria Gueringuane, numa alusão à continuação do processo.
O Nova Democracia, sem assento parlamentar, é um partido composto maioritariamente por jovens e que concorreu, pela primeira vez, este ano, às eleições legislativas.
As eleições gerais e provinciais de 15 de outubro deram vitórias com maioria absoluta em todos os círculos e votações ao partido Frelimo e ao seu candidato presidencial, Filipe Nyusi – obtendo mais de 90% em Gaza, onde conquistou todos os 22 deputados para o parlamento, confirmando a província como um dos seus tradicionais redutos.
(Correio da manhã de Moçambique)