2017

2017:  O nosso pai, repetia para sabermos seleccionar o que dizemos, pois é aquilo que desejamos. Fundamentava esta filosofia dizendo cuidarmos o que a boca diz porque ela veicula para o exterior o que reside no nosso interior. Rematava dizendo que o nosso discurso, veiculando o que desejamos, se for coisa boa, Deus ajudar-nos-á a concretizá-la. O contrário, o diabo, pregar-nos-á a partida de vermos o pior a materializar-se nas nossas vidas.

Esta reflexão sairá faltando dois dias para a celebração de uma das maiores festas dos Cristãos e, talvez, das mais participadas, ecumenicamente, no mundo pelo Homem, independemente, do seu credo religioso. É que, pela sua simplicidade, capacidade de inclusão e porque o planeta é cada vez mais aldeia global, fica dificil que, ecumenicamente, alguém não festeje o Natal com o seu irmão, crente de outra religião. É bonito que isto aconteça. É importante que a dimensão do Homem, esteja mais alta que as inevitáveis diferanças na fé, algumas vezes fontes remotas ou próximas de guerras.

Esta reflexão sairá também após a comunicação do Presidente da República de Moçambique ao Povo, através da Assembleia da República. Porque ainda não estudei o texto do Presidente da República, soa-me arrisacado avançar juízos de valor sobre o seu conteúdo. Mas, mesmo não o lendo, acho que ele teve o cuidado de escolher palavras que reflictam o que de melhor deseja para o Povo, seu único Patrão, para que, usando a filosofia do meu pai, Deus nos ajude a sermos felizes em Moçambique.

Alguns compatriotas, legitimamente, cansados da miséria, fonte de todos os males e da guerra, apressaram-se a tecer vilipêndios contra aquele discurso, sem terem tido o cuidado prévio de, sem emoção, o estudarem. Se fosse nos saudosos e gloriosos tempos de Samora Moisés Machel – um dos cem homens mais famosos do milénio findo – aquele discurso seria estudado, individual e colectivamente, nas estruturas de funcionamento do no nosso País.

Reacção salutar. Significa vida. Quer-se que 2017, testemunhe desenvolvimento. Que, com o trabalho e concórdia, mereçamos a ajuda de Deus e que seja ano de esperança salvífica porque o povo já sofre o bastante.

António Matabele

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