Moçambicanos foram relaxar

Moçambicanos foram relaxar  – Centenas de moçambicanos aproveitaram-se do longo fim-de-semana resultante do feriado do dia 04 de Outubro para, depois quase de dois anos de severas restrições, ir dar largas à vida na vizinha República da África do Sul, sob os mais variados pretextos: compras, lazer e tratamentos médicos, entre outros.

Foram, afinal, dois longos fins de semana seguidos na África do Sul e em Moçambique, sucessivamente, que causaram congestionamentos que já rareavam na fronteira de Ressano Garcia/Lebombo, ainda mais quando se está em tempo de distanciamento social para combater COVID-19.

Os moçambicanos aproveitaram o fim-de-semana que coincidiu com o feriado nacional alusivo ao Dia da Paz e da Reconciliação para irem dar voltas a África do Sul fazendo compras em Komatipoort, Malalane, Nansi e Nelspruit. Há muito tempo que estavam impedidos por medidas de prevenção.

O sector da Saúde do lado sul-africano facturou com testes rápidos de viajantes na fronteira e as clínicas do país vizinho voltaram a atender muitos “makweru kweru”, como são, também, tratados os moçambicanos na África do Sul.

O longo fim-de-semana em Moçambique coincidiu com a entrada em vigor das medidas de abrandamento de confinamento na África do Sul de nível de alerta II para alerta I.

O recolher obrigatório vigora a partir da meia noite até as quatro horas da manhã, sendo que estabelecimentos considerados não essenciais como restaurantes, bares e ginásios fecham as portas às 23H00 para permitir que os trabalhadores e gerentes possam chegar às suas casas antes da hora do recolher obrigatório.

As horas de recolher obrigatório condicionaram desde o início da pandemia a circulação de pessoas nas estradas sul-africanas incluindo na fronteira de Lebombo/Ressano Garcia, sendo que o relaxamento abriu espaço para pessoas viajarem dentro e fora da África do Sul. 

Com o reajustamento das medidas de prevenção de COVID-19 é permitido um número máximo de 750 pessoas em lugares fechados e dois mil pessoas em locais abertos.

Foi um alívio para moçambicanos e outras pessoas confinadas pelas medidas de prevenção. De 1 a 4 de Outubro, a fronteira de Ressano Garcia voltou a registar movimento jamais visto desde Janeiro passado de viajantes moçambicanos para a África do Sul com o objectivo de fazer compras e consultas médicas em Kompatipoort, Nansi, Malalane e Nelspruit.

O feriado da celebração do Dia da Paz e da Reconciliação “esticou” o fim-de-semana em Moçambique de 2 para 3 dias e as redes sociais são disso testemunhas.

Entretanto, a maior enchente registou-se no fim-de-semana anterior de 24 a 26 de Setembro. Milhares de moçambicanos residentes na África do Sul atravessaram a fronteira de Lebombo/Ressano Garcia para visitarem familiares e amigos em Moçambique aproveitando o longo fim-de-semana do lado sul-africano dedicado à Herança (Heritage Day).

O governo sul-africano intensificou a campanha de vacinação contra COVID-19 no último fim-de-semana.

O Presidente Cyril Ramaphosa liderou a campanha designada Vuma que significa Aceita, num dos 11 idiomas usados na vizinha República da África do Sul.

Em vários estabelecimentos comerciais funcionam pequenos centros de vacinação gratuita.

Segundo o governo sul-africano, a vacinação é aberta para todas as pessoas que vivem na África do Sul, incluindo moçambicanos, desde que o interessado apresente algum documento de identificação.

No entanto, o partido Aliança Democrática (DA), líder da oposição, critica, sem argumentos convincentes, que as pessoas sejam obrigadas a tomarem a vacina contra COVID-19.

Aliás, a DA sempre exigiu o desconfinamento alegando que as medidas prejudicavam a economia.

Com cerca de 90 mil óbitos e mais de dois milhões de infectados, a África do Sul é o pais mais infectado em África.

Mas nas últimas semanas, o número de infecções diárias baixou drasticamente em resultado da combinação das medidas de prevenção e vacinação.

O relaxamento das medidas foi bem acolhido por vários sectores da sociedade, particularmente pelo sector de negócios. (Moçambicanos foram relaxar)

THANGANI WA TIYANI, correspondente do Redactor na África do Sul

Este artigo intitulado “Moçambicanos foram relaxar…” foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 06 de Outubro de 2021.

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