Excesso de segredo

Excesso de segredo  – O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, esta infectado pelo vírus de Corona. A África do Sul é o país mais industrializado no continente africano. Qualquer informação relativa a doença do presidente provoca tremor na economia, particularmente na moeda sul-africana, o Rand.

Mas o gabinete presidencial emitiu comunicado de imprensa anunciando que o Chefe do Estado sentiu-se mal depois da cerimónia em memória do antigo Presidente Frederick De Dlerk.

Fez teste e acusou COVID-19. Ficou em isolamento e delegou todos os poderes o seu Vice-Presidente, David Mabuza.

Ramaphosa fez vacinação em público. Foi filmado e mostrado em todo o Mundo a apanhar a vacina de prevenção contra doença gravosa provocada por infecções de coronavírus.

Decidi falar sobre este caso que não é novidade para aqueles que acompanham notícias internacionais, mas por causa da diferença de segredos em Moçambique e na África do Sul.

Em Moçambique, parece haver excesso de segredo. Presidente ou Ministro não fica doente e nem apanha vacina em público.

Muitas pessoas questionam quando um dirigente vai a um comício popular mobilizar as populações para vacinarem.

Dizem nunca viram seus dirigentes a apanharem vacina em pública, mas apelam aos outros a tomarem a vacina.

O Ministério de Saúde de Moçambique decidiu apelidar Dezembro Vermelho este décimo segundo mês de 2021 como forma de campanha de lutar contra HIV/SIDA.

Consta que em Moçambique, a SIDA é a primeira causa de morte nas unidades sanitárias.

Entretanto, nenhum dirigente político, económico, religioso ou cultural já fez teste de HIV em público.

A população precisa de ver os seus líderes na linha da frente, tal como acontece em processos de votação eleitoral.

O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, foi até agora o único que quebrou o segredo reinante na elite política dirigente moçambicana. Fez vacinação contra COVID-19 em público. Quando foi infectado anunciou publicamente que tinha COVID-19.

O excesso do chamado segredo do Estado foi capa usada por funcionários seniores do SISE (Serviços de Inteligência e Segurança do Estado) nas dívidas não declaradas que tramaram o país e os moçambicanos.

Instituições do Estado envolvem-se em esquemas de corrupção sob capa de segredo. Escondem informações relevantes ao público. Esta atitude de excesso de segredo não torna Moçambique mais seguro que a África do Sul.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi intitulado “Excesso de segredo prejudica Moçambique”, foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 15 de Dezembro de 2021, na rubrica de opinião denominado O RANCOR DO POBRE

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