Um moçambicano morto
Um moçambicano figura entre os cerca de 60 mortos na província nortenha sul-africana de KwaZulu-Natal, devido a inundações causadas pela forte chuva que caiu desde o último fim-de-semana.
Ângelo, é o único dado identificativo da vítima mortal moçambicana nesta tragédia, de acordo com o presidente da comunidade moçambicana em KwaZulu-Natal, José Calçandasse.
A fonte referiu que os restos mortais do moçambicano foram encontrados nos escombros da casa precária onde habitava, junto a uma montanha no bairro Nazareth.
Calçandasse disse estar em contacto com os chefes da comunidade moçambicana, nos vários bairros de Kwazulu-Natal, para se inteirar do impacto das inundações no seio de moçambicanos.
Este responsável junta a sua voz aos apelos para que as pessoas abandonem as zonas de risco: “Apelo aos moçambicanos para procurarem casas de amigos e ou familiares para se abrigarem até que a situação se normalize”.
Na noite de terça-feira (13 de Abril), o governo de KwaZulu-Natal anunciou que o número de mortes subiu para 59, sendo 45 em Durban e 14 em Ndwedwe e KwaDukuza.
As estimativas dos estragos ainda continuam a ser feitas, mas pode-se avançar que 140 escolas foram afectadas, em toda a província, e há constrangimentos no fornecimento de energia e abastecimento de água, no Município de eThekwini.
“A maioria das centrais eléctricas da cidade estão inundadas e nossas equipas técnicas não conseguiram avaliá-las na segunda-feira, mas o trabalho já está em curso”, disse o edil de Ethekwini, Mxolisi Kaunda.
O rasto de destruições inclui casas, empresas, pontes e estradas destruídos. As operações no Porto de Durban e a circulação de comboios foram suspensos.
Ramaphosa visita zonas afectadas
Perante o cenário devastador que se vive, o premier de KwaZulu-Natal, Shile Zikalala, solicita que seja declarado estado de calamidade naquela província.
Provavelmente este seja uma das agendas da visita que o presidente sul africano, Cyril Ramaphosa, que esta quarta-feira visita as zonas afectadas.
Ramaphosa já manifestou sua solidariedade para com as vítimas do que considera de “tragédia da força a natureza” que, de acordo com o comunicado da presidência, “exige uma resposta eficaz por parte do governo em parceria com as comunidades”.
Esta terça-feira à noite Ramaphosa esteve reunido com o centro nacional de gestão de desastres e com o comité interministerial de gestão de desastres.
Nesta deslocação, o estadista sul-africano o far-se-á acompanhar, entre outros, pelos Ministros da Governaça Cooperativa e Assuntos Tradicionais, Nkosazana Dlamini-Zuma, e da Polícia, Bheki Cele.
RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul