Moçambique/Ruanda
Os governos de Moçambique e do Ruanda assinaram hoje em Maputo um acordo geral de cooperação, visando dar impulso às relações bilaterais e consolidar contactos que os dois países vêm mantendo há vários anos.
Falando em conferência de imprensa no final das conversações oficiais entre as delegações dos dois países, dirigidas pelos chefes de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e ruandês, Paul Kagamé, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi, afirmou que o acordo prevê que os dois países cooperem no domínio político-diplomático, justiça, agricultura, administração estatal e recursos minerais.
“A grande questão que se colocou foi o facto de existir um protocolo geral de cooperação, assinado em 1990, e uma das componentes desse protocolo foi a criação de uma comissão mista, que por razões diversas, de conjuntura, nunca se reuniu. O primeiro entendimento é que devia ser reativada e acordámos que isso poderá acontecer no primeiro trimestre de 2017”, afirmou Baloi.
Os governos de Moçambique e do Ruanda, prosseguiu o chefe da diplomacia moçambicana, decidiram formalizar as consultas políticas que vem mantendo no quadro bilateral e multilateral, como forma de trocar impressões sobre os desafios complexos que o mundo enfrenta.
“Ruanda é um país fisicamente pequeno, mas com grande expressão em África, pela maneira como ultrapassou desafios muito difíceis e como encara a questão da paz e do desenvolvimento”, acrescentou Oldemiro Baloi.
Por seu turno, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do Ruanda, Louise Mushikiwabo, declarou que o acordo hoje assinado sinaliza a vontade de Maputo e Kigali de dar um passo em frente na cooperação bilateral.
“Este acordo é uma oportunidade para, a nível bilateral, sinalizar um salto no estreitamento dos laços de colaboração entre os dois países”, afirmou Mushikiwabo.
Para intensificar as relações bilaterais, disse a governante ruandesa, os dois países vão constituir equipas técnicas de nível setorial, encarregues de avaliar os progressos na implementação do acordo.
REDACÇÃO