Blatter admite que a escolha do Qatar “foi um erro”
Blatter até demorou 12 anos, mas já admite, publicamente, que a escolha do Qatar para organizar o Mundial 2022 foi um erro.
“Assumo a minha responsabilidade como presidente da FIFA naquela altura. O futebol e o Mundial são demasiado grandes para isso”, referiu o ex-presidente da FIFA, em entrevista ao grupo de media suíço Tamedia, publicada esta segunda-feira.
Este assunto está, igualmente, a ser tratado no Redactor com alguma minúcia (vide edição desta quarta-feira e próximas edições esta e próxima semana.
Blatter revelou também que o plano inicial para a organização do Mundial de 2022 seria a escolha dos Estados Unidos, quatro anos depois de o Mundial se ter realizado na Rússia: “Teria sido um gesto de paz se esses dois adversários políticos tivessem organizado o Mundial um a seguir ao outro”.
Na mesma entrevista, Joseph Blatter alegou que influências políticas pesaram na atribuição do Mundial ao Qatar, nomeadamente sobre Michel Platini (presidente da UEFA entre 2007 e 2015): “Antes do congresso da FIFA em 2010 (…), ele foi convidado para ir ao palácio do presidente [Nicolas] Sarkozy, que tinha acabado de almoçar com o príncipe herdeiro do Qatar”.
Blatter afirmou que Sarkozy pedira a Platini para votar na candidatura qatari para organizar o Mundial: “Foi exactamente assim: graças (…) a Platini, o Mundial foi para o Qatar e não para os EUA.
Também foi sobre dinheiro: meses depois, o Qatar comprou caças aos franceses por 14,6 mil milhões de dólares”.
Presidente da FIFA entre 1998 e 2015, Joseph Blatter, agora com 86 anos, renunciou ao cargo nesse ano, como consequência de uma grande investigação sobre corrupção na instituição. (Blatter admite)
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