Paul Mashatile reitera sua versão de defesa
Paul Mashatile, o vice-presidente da África do Sul, reiterou, esta quinta-feira (07 de Setembro), que não presenciou as agressões protagonizadas por oito dos seus guardas contra civis, na Estrada Número 1, em Joanesburgo, no passado mês de Julho.
Mashatile esteve na cidade do Cabo para responder a questões colocadas pelo Conselho Nacional de Províncias, um órgão composto por 90 membros em representação das nove províncias sul-africanas.
A vergonhosa actuação dos polícias que guarnecem Paul Mashatile chocou a sociedade sul-africana, sobretudo quando apareceram insinuações de que o vice-presidente esteve no local.
Como era de esperar, esta questão mereceu a atenção dos membros do Conselho Nacional de Províncias, que representam os partidos na oposição.
Mashatile foi peremptório ao afirmar que “Quero confirmar que, de facto, não estive lá” adiantando que “como os deputados devem saber, os carros que transportam o Presidente e o Vice-Presidente não páram para nada e nem mesmo no sinal vermelho”.
Paul Mashatile assegura que “tomei conhecimento do incidente quando já estava em casa” até porque considera que “teria sido muito estranho se o meu carro parasse ali e eu estivesse a assistir o que estava a acontecer”.
Apesar de algumas insistências, o vice de Ramaphosa recusou-se a dar mais detalhes alegando que “este assunto está agora no tribunal e é difícil lidar com ele nessa condição”.
Os oito guardas foram suspensos das suas actividades, depois que o vídeo sobre o assunto viralizou, em princípios de Julho passado. Depois foram detidos e, posteriormente, libertados após pagarem fiança de 10 mil rands cada.
A Unidade de Protecção de Altas individualidades, na África do Sul, tem sido acusada de práticas de actos ilegais, que incluem o uso excessivo da força de forma desnecessária.
RAULINA TAIMO, Correspondente na África do Sul