Se não ganhou nas urnas, ainda há recursos!
“Os fins justificam os meios” é uma frase muito famosaatribuída a Nicolau Maquiavel, que significa quequalquer iniciativa é válida quando o objectivo é conquistar algo importante, não importando como se lá chega.
Na sua obra O Príncipe, onde Maquiavel indica que, para manter o poder, o príncipe deve desenvolver características tidas como “não éticas”, como a crueldade e a hipocrisia.
Aliado a isso, vêem-se pessoas que corrompem as outras em nome do “amor à camisola”. Por que eles perpetuam a fome, a miséria, a mazela, a violência neste país? Muito simples, para se manterem no poder. Sabem que é fácil manipular um indivíduo ou multidão esfomeada, por isso muitos não pensam duas vezes para encher as urnas, correr com elas, recusar assinar as actas, manipular a arma para atingir a cabeça do seu irmão em defesa do opressor. Tudo isso é fruto da fome.
O violento, o déspota, o maquiavélico, o cruel usa várias estratégias para se perpetuar no poder. Se ele não ganha o jogo no campo, não consegue corromper o árbitro, busca outros meios, ainda que para tal tenha de matar, violentar, decapitar, entre outros. O cruel não paga salários aos funcionários pensando que está punindo quem não o obedeceu, o funcionário, por sua vez, poderá pensar que está mal e culpabilizar-se por não ter feito algo.
Todos os criminosos têm muitos grupos que se interligam. Na maioria das vezes, os criminosos aliam-se ao sistema judiciário e ali buscam a sua defesa e segurança, ou seja, o crime anda lado a lado com a lei, pagam avultadas somas de dinheiro para se livrarem e até fazer passar as mercadorias.
Criminosos são amigos de armas. Como não são fortes o suficiente, recorrem àquele ferro para se impor. Entretanto, não há criminoso que tem uma vida sossegada e duradoura, embora tenhamos criminosos que as pessoas elegeram e andam à vontade nesta terra, alguns inauguram as nossas infra-estruturas à luz do dia. Uma história extraída no artigo do Igor Alves:
“Em uma empresa, surge uma vaga no Conselho de Administração. Depois de várias entrevistas, a escolha fica entre dois candidatos: A e B. O candidato A tem uma família para sustentar e aquela vaga possibilitará dar uma vida melhor para os seus filhos. No dia da entrevista final, ele esvazia os pneus do candidato B durante a noite, impossibilitando-o de ir à entrevista. Como consequência, o candidato A consegue o emprego”.
“O candidato A pode dizer que possuía um bom motivo, que era dar uma vida melhor aos filhos. Neste caso, para ele, os fins justificam os meios, pois, para conseguir o emprego, fez algo que é considerado incorrecto para muitas pessoas”.
Também aconteceu no dia 11 de Outubro de 2023, em que o candidato F usou meios que justificaram os seus fins em prejuízo do candidato R e, como resultado disso, a instabilidade instalou-se e reacções além-fronteiras vêm como forma de ecoar a voz dos oprimidos.
Portanto, quando uma pessoa afirma categoricamente que os fins justificam os meios, ela está claramente disposta a fazer qualquer coisa para conseguir o que deseja alcançar. Ela pode ir além do normal, está moralmente corrompida, não tem mais nada a perder e vai pisando a todos. Se eles não ganham na velocidade da bala, na agitação, no enchimento, na corrida com as malas, usam a lei manipulada em benefício próprio.
Assim, os recursos por eles elencados são, na sua maioria, obscuros, sem nitidez e muito menos confiáveis. O fim da vida de quem corrompe, humilha, mata ou vinga-se será mais doloroso comparativamente ao que fez com o povo. Eles não ganham, mas assaltam e o assaltante não passa pela porta, ele sempre fura a rede da janela e introduz-se dentro da casa aproveitando-se do alheio.
Este artigo foi publicado intitulado “Por que os jovens protestam? ” foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 08 de Dezembro de 2023, na rubrica OPINIÃO.
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