Quem trava o desenvolvimento em Moçambique?
Parece uma pergunta boba, ingénua, ultrapassada e sem cabimento. Alguns dirão que o país está bem e em boas mãos.
Agora estaremos indo para o quinto presidente da República desde a independência, mas a fome continua, a miséria continua, o desemprego continua, o desespero continua, a incerteza continua, o nepotismo continua, o clientelismo continua, a corrupção é a chefe da turma. Há também outros males que enfermam esta sociedade estuprada.
Esta é uma pergunta de ouro e que vale ouro puro. Uma pergunta de mel puro.
Mas quem trava o desenvolvimento em Moçambique? Quando se elege um presidente há muitos departamentos expectantes. Uns são bajuladores que expectam uma posição, outros são aqueles que usam a afinidade para tomar o pódio.
Mas neste país o único que trava o desenvolvimento é a Frelimo. A Frelimo não como instituição, mas como pessoas que dela se servem para lograrem os seus intentos.
Usam a Frelimo como instituição para roubarem, extorquirem, ameaçarem outras pessoas e se valerem dela em tudo e todos. A Frelimo é um problema grotesco neste país. E o que fazer? Sem muitos roteiros, é preciso retirar o ranho para não causar ferida no nariz.
Embora tenha um candidato aparentemente jovem, a população moçambicana deve se unir para banir a Frelimo e deixá-la de lado por um tempo como telespectadora.
A Frelimo não pode controlar nada. Este país precisa de pessoas que olham no povo e na situação económica. Não apenas nas intenções do partido como prioridade. Não há nada melhor que banir a Frelimo deixando-a por cinco ou dez anos na oposição para ela aprender com os outros.
Não há vida, saúde, sonho, emprego, felicidade, alegria com a Frelimo. Com ela temos e teremos apenas choros e desilusão. Unidos podemos tirar quem nos humilha.
Não quero demorar com este assunto. Da mesma forma que fizemos um voto selvagem nas eleições autárquicas, há espaço para isso no dia 9 de Outubro de 2024. Voto selvagem resolve sim. Aquele voto punitivo e professor dos ignorantes.
JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA
Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 08 de Maio de 2024.
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