E agora?

O navio afundou. Os passageiros estão à deriva. O caminho ensanguentou e o futuro é agora uma loucura. 

Que fazer agora quando tudo se parece não corresponder com o que se pensava e esperava?

As leis julgam o que o crime não prediz. Elas são apenas um enfeite para uma democracia jovem, aliás, numa democracia jovem as leis não podem funcionar sob pena de desestabilizar a dita democracia. Ao bem do grupo, manipular as leis é o princípio sine qua non para um caminhar harmoniosode uma nação.

O Direito torna-se uma maldição e um pouco de vergonha. E agora, resta alguma coisa? Para os que vivem pela fé, o caminho ainda tem esperança. Para os que não nutrem crenças, é o fim da jornada. Como proceder? Fim ou não, “a luta continua!”.

Já se provou de A e B que neste país, o bem não é para todos e que a teoria de o país ter “donos” é real e verdadeira. “Este país tem donos”, acredito nisso. 

Essa história me lembra da cultura judia, no tempo da Páscoa que soltavam o pior criminoso para ser sacrificado, crucificado e pendurado no madeiro para servir de lição. Só que, quando Jesus é acusado aquele monte de coisas e provado que não tinha cometido delito algum, o povo maldoso não quis saber. Para o maldoso, basta sentir que seus interesses estão em causa, as leis para ele não fazem mais sentido. Não se dá dirigir coisa pública, a microcefálicos.

Absolveram Barrabás no lugar do inocente. Condenaram quem devia ser o símbolo e a luz do povo, para deixar um criminoso continuar a estuprar crianças, sequestrar pessoas, intimidar pessoas, roubar etc e, esse Barrabás, ficou feliz e esteve a frente da morte de Jesus. 

Jesus morreu, o povo maldoso se alegrou, o mundo escureceu, os corações amargaram e a vida difícil se tornou. É bom sempre condenar quem não cometeu crime, mas as consequências são inevitáveis. 

E agora? Este é o tempo da ND se juntar ao condenado para ajudar a assentar os pés no chão. O MDM, deve renunciar a presidência para suportar o condenado para que, os maldosos sejam desestabilizados. Agora não é questão de partidos, mas de soberania e sobrevivência do povo e das gerações vindouras.

Quando as leis não falam, a paciência esgota e o caos se instala. Não é questão de violência, é apenas reflexão. Quero concordar com Nelson Rodrigues “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.

É hora de agir e saber-se para aonde se leva o povo. Ainda a cruz está vazia, há esperança para uma árvore à beira do rio.

E agora? Solta-se Barrabás ou o povo tomará conta do seu espaço? 

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

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