Aos eleitores moçambicanos
As eleições avizinham-se. O povo está eufórico e os partidos afinam as suas máquinas para a corrida eleitoral por meio da porta de entrada (a campanha). Eles apresentarão o seu programa de governo e as suas linhas de pensamento para o país e a melhoria das condições de vida do povo.
Há dois partidos que apresentaram as suas linhas de pensamento. Um reforça o trabalho como se os moçambicanos fossem preguiçosos e sem cultura de trabalho. Ou querem que os moçambicanos trabalhem muito para avantajar as barrigas dessa turma e, depois, massacrá-los. Nunca foram razoáveis e muito menos humanos. Sempre ostentaram a arrogância e a intocabilidade.
Os moçambicanos sempre foram trabalhadores e mesmo em meio ao sofrimento perpetrado pelo partido que esse senhor representa, os moçambicanos foram animados ao trabalho e entusiasmados ao cuidado das suas famílias. O lema do trabalho só reforça a falta de ideias e abuso aos moçambicanos.
Eleitores moçambicanos, abram os olhos e não se deixem manipular por palavras vazias e cheias de más intenções. Eles desgraçaram a única mulher que têm desde 1975, nunca vestiram, nunca deram comida, nunca criaram condições para ela e, ainda por cima, crivam-na com balas mortíferas. Não ouçam a esses, são intriguistas e mal-intencionados.
O outro candidato sem partido apresentou a sua linha de pensamento quando se preocupa em salvar o país. Até faz sentido. Ao vermos e analisarmos o que o país se tornou, há uma concordância entre a frase “salve Moçambique” e a vida que o povo leva. Salve Moçambique de quem e de quê?
Das mãos dos opressores; dos gananciosos, dos mentirosos, dos insensíveis, dos parasitas, dos percevejos humanos, dos assassinos, dos dilapidadores, dos manipuladores das leis, dos traficantes, dos insaciáveis, dos sanguinários, dos lesa-pátria, etc.
De quê? Dos sequestros, das estradas inexistentes, das salas de aula que não têm, da corrupção, da frelimização das instituições públicas, do trabalhismo e regionalismo, da ganância, da intolerância, da censura, da intimidação aos jornalistas, do rasgar da constituição, etc.
Os outros dois candidatos não apresentaram os seus pensamentos, eles estão no silêncio, talvez o nirvana tomou conta deles e as linhas de pensamento deles são um ovo podre nas mãos da confeiteira. Estimados eleitores, vós não sois neófitos e nem sóis indigentes, sabeis do sofrimento que levastes durante estes trinta anos.
Sentar e pensar antes de deixar a emoção aflorar será o ponto de ordem. Votar mal, apoiar o sofrimento, não só coloca em perigo esta geração, como também perpetua a miséria e choca com a realidade do país. Não é uma questão partidária, mas da nação como um todo. Este é um momento sério e nobre.
Caros moçambicanos eleitores, usem a consciência, a sabedoria, a reflexão, a determinação, a ousadia, a liderança, a mente revolucionária, o espírito de luta pelo bem-estar colectivo, etc. E salvem o país das mãos alheias, do alienismo e da precariedade.
JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA
Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 21 de Agosto de 2024.
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