Menu

“…passaram-se, sábado, 50 anos – 20/09/1974 a 20/09/2024 – que o Governo de Transição composto entre a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e o Governo de Portugal, tomou posse, rumo à proclamação da nossa independência, a 25 de Junho de 1975. Aquele órgão colegial de governação de Moçambique foi dirigido por Joaquim Alberto Chissano, nas funções de Primeiro-Ministro. Victor Crespo foi o Comissário de Portugal

A lista pormenorizada descritiva das comidas disponíveis em determinados lugares, chama-se menu. Na oferta do serviço da restauração, em casa, em festas, em múltiplas ocasiões em que há várias opções alternativas de escolha, é costume existir um menu. Neste menu ou cardápio encontramos os nomes dos pratos possíveis e passíveis de nos serem servidos e, consequentemente, de nós os escolhermos consoante as nossos gostos e necessidades.

A palavra menu, deriva do francês. É um termo com vários usos de acordo com o contexto. Pode tratar-se do conjunto dos pratos que constituem uma refeição (matabicho, almoço, lanche ou jantar).

É atitude reveladora de posse de bom princípio sempre que queiramos comer em restaurantes, conhecê-lo bem sob diversos ângulos. A sua higiene, assepsia, a cortesia do pessoal desde a gerência até ao limpador do chão, a variedade de pratos existentes, os preços, enfim toda uma panóplia infinita de requisitos que nos levarão a preferir essa casa de pasto ou nas outras à nossa disposição.

Nunca nos deveremos influenciar somente pelos gostos, sugestões e vontades dos criados de mesa que potencialmente nos servirão. Se assim procedermos, arriscamo-nos a comer o que não queremos. Comer o que, ulteriormente, talvez, nos faça mal à nossa saúde. Temos que, sempre, em ciência, decidir objectivamente acerca do prato que queremos comer. Nada daquela atitude cómoda e perigosa de a “maria vai com as outras”. Para evitarmos esta postura perigosíssima. Para não comermos gato por lebre. Para que não sejamos enganados pelo criado de mesa que pretende servir-nos, é mister que estudemos o menu. Havendo mais que um restaurante, resulta importante que estudemos todos os menus dos restaurantes existentes e concorrentes na zona. Após este exercício é uma atitude adulta e responsável que escolhamos os pratos constantes do melhor menu por nós assim considerado.

Está ao rubro esta bem disciplina campanha rumo às eleições de 09 de Outubro de 2024. Felicito os moçambicanos por estarmos a fazer uma campanha eleitoral com muito civismo, respeitando o princípio de “a minha liberdade acaba aonde começa a do meu compatriota”. Os moçambicanos já cresceram cívica e politicamente a ponto de sabermos que os membros de outros partidos que não o nosso não são inimigos a abater. São tão somente meus compatriotas com uma visão diferente quanto à forma de resolver um problema que é inerente a todos nós. Um problema nacional e que compete a nós resolvê-lo. Já sabemos fazer a destrinça entre as contradições antagónicas das não antagónicas. Já sabemos que na electricidade os pólos de sinais contrários geram a luz.

Portanto, que votemos depois de estudarmos cuidadosamente os menus dos quatro candidatos que nos querem servir como Chefes do Estado de Moçambique. Nada de votar por emoção. Votemos em consciência. A abstenção é tão perigosa quanto a votação por ignorância.

Viva Moçambique, Pátria de Heróis!

ANTÓNIO MATABELE *

*  Economista

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 20  de Setembro de 2024, na rubrica de opinião denominada N’siripwiti – gato do mato.

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Revista Prestígio de Setembro/Outubro de 2024

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