Oh! Polícia da UIR, esconda a arma e marche com o povo
Moçambique vive hoje uma encruzilhada histórica, onde o povo clama por liberdade, justiça, e melhores condições de vida. O cenário actual reflecte uma sociedade marcada por frustrações acumuladas ao longo de décadas, onde as promessas de paz e prosperidade não se concretizaram para a maioria.
As eleições de 2024, por muitos vistas como fraudulentas, intensificaram a sensação de desencanto e instabilidade, expondo a fragilidade democrática do país e levantando questões sobre o verdadeiro papel das forças de segurança, que em vez de proteger o povo, por vezes são vistas como instrumentos de repressão.
Enquanto o Estado se esforça para manter o controle, o povo se organiza nas redes sociais e em movimentos cívicos, clamando por uma mudança real. Há o chamado dia 7 de Novembro, será este o dia da consciência revolucionária moçambicana, ou o dia de muitas vidas perdidas pela fúria dos senhores da farda cinzenta?
Nesse contexto, surge o apelo: Oh, polícia da UIR, esconda a arma e marche com o povo. Este é um chamado para que aqueles que vestem a farda e carregam armas para “manter a ordem” reconsiderem seu papel. Afinal, o verdadeiro poder de uma nação vem de sua união, de um povo que caminha junto, não das armas que ameaçam calá-lo.
As redes sociais, como o Facebook, tornaram-se palcos de resistência e conscientização, permitindo que as vozes antes sufocadas por uma mídia tradicional controlada agora ressoem em uníssono.
O ciberespaço transformou-se em uma ferramenta de participação cívica, onde jovens e activistas discutem os desafios do país e as possíveis soluções. É lá que os gritos por liberdade e justiça encontram eco, e é onde a esperança por um Moçambique melhor ainda persiste. Mas também esse espaço fica sempre limitado por cortes abruptas da Internet sob algum comando, não se estaria violando o direito à informação?
Contudo, as barreiras são grandes: a censura, a vigilância e a ameaça constante de repressão física ou virtual permanecem. Em Moçambique, a luta por liberdade não é apenas uma luta contra um sistema político, mas contra uma estrutura que há muito tempo utiliza da força e do medo para se perpetuar. É a luta do povo contra o silêncio imposto pela arma, pelas porradas e o chamboco nas nádegas, pela detenção.
Essa situação demanda coragem e união, tanto do povo quanto daqueles que têm o poder de mudar o rumo da história. É um apelo à reflexão, à empatia e à escolha do lado certo. Moçambique precisa de uma nova era onde a força da paz suplante a violência, onde a voz do povo seja ouvida e respeitada.
Que a mensagem ecoe: que aqueles que defendem a nação escolham não a arma, mas o povo; não o medo, mas a esperança. Que marchemos todos, juntos, por um Moçambique verdadeiramente livre e justo.