“Se”
Moçambique está, nos dias que correm, envolto num manto de “Se”…
Já nada se programa em definitivo.
Instituições públicas e privadas, incluindo as religiosas, por estes dias nenhum programa fazem, sem incluir o “Se”…
Haverá graduação na sexta-feira “Se”…
Celebraremos o matrimônio da Geninha e Nando “Se”…
Efectuaremos a nossa viagem a Inhambane na quarta-feira “Se”…
Definitivamente nada se programa sem o “Se”…
A fronteira vai funcionar em pleno “Se”…
Serão efectuadas as avaliações “Se”…
Poderá vir levantar o seu documento aqui na repartição na próxima terça-feira “Se”…
Todos estes “Se”… são respondidos em conformidade com à próxima live.
Foi penosa aquela imagem de um grupo de funcionários de uma empresa centenária nacional obrigados a descer do autocarro que os levava para o serviço ante o olhar indiferente de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), ataviados e armados com vestes e armas adquiridas à custa dos impostos daqueles que naquele instante estavam a ser impiedosamente humilhados.
Cadê o papel do Estado, para o qual os cidadãos pagam impostos, na expectativa de verem a sua segurança e integridade salvaguardadas. Era suposto o Estado assegurar a realização de fins comuns.
Afinal de contas os cidadãos têm um enlace com o Estado e não com quem faz as lives e os seus apoiantes. O Estado tem obrigação de proteger os seus cidadãos e não se limitar a emitir declarações de intenções.
Não me parece justo o cidadão cumprir religiosamente aos seus deveres de cidadania e depois ver a sua vida condicionada a lives.
O Estado deve honrar com a sua parte porque quando o cidadão falha é sancionado!
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 18 de Novembro de 2024, na rubrica OPINIÃO.
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