A matemática de Lúcia Ribeiro e o Rio de Gente que não sabe contar

Ah, a senhora Lúcia Ribeiro! Aquela que, com um sorriso tão doce quanto um bolo de aniversário, nos apresentou uma matemática que até Einstein ficaria confuso. Como é que 24% pode ser maior que 65,17%? Será que os números decidiram fazer greve e inverteram as regras da aritmética? Ou será que a avó Ribeiro inventou uma nova fórmula: a “aritmética eleitoral”, onde os votos da oposição são magicamente transformados em votos para o partido no poder?  

E agora, olhem só para aquele rio de gente seguindo Venâncio Mondlane! Dizem que ele não é amado pelo povo, mas parece que o povo não recebeu o memorando. A multidão cresce mais rápido que a inflação, e os juízes do Conselho Constitucional devem estar lá atrás, de binóculos, tentando entender onde foi que erraram na conta. “Mas nós fizemos as contas direitinho!”, devem estar pensando, enquanto a multidão grita: “24% é maior que 65,17%!”

E o nosso presidente eleito, Daniel Chapo, que diz ter sido o “mimo” da zona rural? Pois é, Chibuto agora é a nova capital do mundo, e o rural virou urbano, e o urbano virou rural. Quem sabe? Talvez a geografia também tenha decidido fazer uma revolução. Mas, enquanto isso, a multidão que segue Mondlane não para de crescer. Já há quem diga que até os fantasmas das eleições passadas estão marchando com ele.  

E a avó Ribeiro? Será que este é o momento de ela pedir desculpas ao povo, ou será melhor ela pegar um avião e se esconder numa república onde a matemática ainda funciona? Como ela vai explicar aos netos que 24% é maior que 65,17%? E como vai explicar a Einstein, que deve estar lá no céu, coçando a cabeça e pensando: “Afinal, quem inventou essa teoria da relatividade eleitoral?”  

Enquanto isso, os sete juízes do Conselho Constitucional devem estar com uma enxaqueca daquelas. Afinal, como explicar que o “não amado pelo povo” está a ser seguido por um rio de gente que não para de crescer? Talvez eles estejam a pensar: “Será que nos enganamos no cálculo? Ou será que o povo é que não sabe contar?”

E a multidão? Ah, a multidão! Ela já virou guarda dos seus atos. Não dormem, não descansam, e já há quem diga que até os cães das ruas estão a latir: “24% é maior que 65,17%!”  

No fim, o que temos é uma comédia eleitoral, onde a matemática virou piada, a geografia virou confusão, e a democracia virou um espetáculo de humor negro. E a avó Ribeiro? Bem, ela pode até tentar fugir, mas a matemática vai sempre alcançá-la. Afinal, 24% nunca será menor que 65,17% ao menos em Moçambique. A menos, é claro, que ela invente uma nova fórmula.  

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Compartilhe o conhecimento
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *