Garantia de acesso equitativo à educação para deficientes visuais
Descrição:
Nós, abaixo assinados, preocupados com a situação dos deficientes visuais em Moçambique, manifestamos uma profunda inquietação em relação a crise do sistema Braille nas escolas. Há falta de educação inclusiva no país e há escassez de escolas especializadas e professores treinados para atender as necessidades educacionais desses estudantes.
É alarmante constatar que, devido à paralisação de escola para deficientes visuais por aproximadamente quatro anos, os alunos foram prejudicados e enfrentam dificuldades para progredir na sua educação. Além disso, a falta de oportunidades educacionais adequadas levou-me, aos 18 anos, a estar na sétima classe e enfrentar barreiras para buscar oportunidades de estudo no exterior.
Demandas:
1
Implementação de medidas urgentes para reverter a crise do sistema Braille nas escolas e garantir que os materiais educacionais estejam acessíveis aos deficientes visuais;
2
Desenvolvimento e implementação efectiva de políticas que promovam a educação inclusiva em Moçambique, assegurando que todos os estudantes, independentemente de suas capacidades físicas, tenham acesso equitativo a educação,
3
Estabelecimento de mais escolas especializadas e programas de formação contínua para professores a fim de atender as necessidades educacionais específicas dos deficientes visuais;
4
Introdução de medidas compensatórias para os estudantes prejudicados pela paralisação da escola para deficientes visuais, garantindo que não sejam penalizados injustamente em seu percurso educacional.
Acção requerida:
Exigimos que as autoridades competentes em Moçambique tomem medidas imediatas para abordar as questões levantadas e garantir que todos os estudantes tenham direito a uma educação inclusiva e acessível.
Ganizane Melo Quembo (jovem com deficiência visual residente em Nhamatanda, Sofala)
Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 19 de Fevereiro de 2025.
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