UBA desmente falência

O United Bank for Africa (UBA) Moçambique desmentiu informações de que o seu rácio de solvabilidade está abaixo do exigido, considerando que a instituição mantém numa situação financeira “prudencial e estável”.

“O Conselho de Administração e a Comissão Executiva asseguram aos seus clientes, parceiros e público em geral que está numa situação prudencial e financeira estável”, declara um comunicado do banco a que o Correio da manhã teve acesso.

Após o Banco de Moçambique (BM) ter determinado a 11 de Novembro a liquidação do Nosso Banco, o presidente da Confederação da CTA- Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Rogério Manuel, apontou o UBA como um dos próximos a falir.

“Só olhei para o rácio. Se forem ver os indicadores lançados pelo Banco de Moçambique, não é só o UBA, são muitos bancos, e não há muita diferença entre eles”, afirmou Rogério Manuel, que lançou duras críticas ao banco central por não ter tentado salvar a instituição financeira.

O BM garantiu na sexta-feira que os rácios de solvabilidade do conjunto de bancos moçambicanos que andam a circular nas redes sociais não têm nada a ver com a realidade e que o sistema bancário mantém uma média superior a 14%, muito acima dos 8% exigíveis.

No seu comunicado, o UBA, de capitais nigerianos, diz que o seu rácio de solvabilidade global é de 14,64% e que a instituição tem uma “posição sólida de reservas obrigatórias”.

“O banco UBA mantém as suas actividades com normalidade e dentro dos parâmetros definidos pelo Banco de Moçambique”, adianta ainda o comunicado.

Antes de liquidar o “Nosso Banco”, detido pelo Instituto Nacional de Segurança Social, o BM suspendeu em Setembro o Conselho de Administração e a Comissão Executiva do Banco  Moza, do qual o português Novo Banco detém 49%, para “proteger os interesses dos depositantes” e está a preparar a instituição para venda.

Face aos rumores, o BM disse que não há motivo para pânico nem para uma corrida dos depositantes aos balcões, justificando a liquidação do “Nosso Banco” com o argumento de que apresentava uma “situação inviável”.

“Não há razão para pânico, porque o sistema bancário está estável, sólido e goza de boa saúde”, afirmou Joana Matsombe, administradora do BM, em conferência de imprensa destinada a afastar rumores de novas falências iminentes.

 

REDACÇÃO

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