Moçambique no WEF
O 27º Fórum Económico Mundial (WEF – sigla em inglês) sobre a África juntou vários stakeholders (intervenientes) globais e regionais para discutir a necessidade de os líderes responderem às exigências das pessoas que neles depositaram a confiança para os liderarem.
A edição deste 2017 do WEF abordou igualmente o debate sobre uma visão para o futuro da África, assim como as prioridades que levarão o continente a atingir a sua prosperidade.
A conferência ofereceu aos participantes a oportunidade de adquirirem novos conhecimentos sobre como melhor prepararem a região Africana para a disrupção que a 4ª Revolução Industrial irá trazer, e focou-se em discutir acções estratégicas para o atingir de um crecimento inclusivo e sustentável através da acelaração da integração regional dos mercados africanos por via dos seus principais corredores industriais.
Foi igualmente abordado a necessidade de se resolverem com urgência os desafios colocados pela crescente população jovem desempregada e pelas mudanças climáticas.
A reunião de Durban decorreu sob o lema“Atingindo Crescimento Inclusivo através de Liderança Responsiva e Responsável”, juntou mais de 1,000 líderes dos sectores corporativo, não-corporativo, académico, da sociedade civil e de comunicação social, assim como mais de 100 líderes governamentais, tendo obtido um número recorde de mais de 12 chefes de estado presentes.
O Fórum incluiu ainda uma grande representação da sociedade civil, incluindo mais de 200 empreendedores sociais, jovens líderes e representantes de organizações e instituições de renome internacional.
Um grupo de 50 jovens Africanos foi seleccionado para representar a voz dos jovens durante a conferência. Entre eles constam Daúdo Vali e Elena Gaffurini, os únicos portadores da bandeira Moçambicana no Fórum que representavam a Hub de Maputo da Comunidade Global Shapers.
A Comunidade Global Shapers é uma iniciativa do Fórum Económico Mundial, sendo uma rede de hubs que junta jovens com o mesmo propósito e objectivo voluntário, de assumir a liderança no desenvolvimento sócio-económico dos seus respectivos países.
Uma das principais sessões do Fórum foi o plenário “África no Novo Contexto Global”, liderando pelo presidente Sul-Africano Jacob Zuma e moderado pelo fundador e “chair” do Fórum Económico Mundial Klaus Schwabb.
Durante a sessão o jovem moçambicano de 30 anos, Daudo Vali perguntou ao presidente Zuma sobre como os líderes Africanos poderiam acelarar o atingir da Agenda 2063, e ao mesmo tempo envolver mais jovens em processos de decisão, assim como em posições de liderança relevantes.
A Agenda 2063 é um modelo estratégico para a transformação sócio-económica do continente nos próximos 50 anos. A mesma é assente na implementaçãode iniciativas continentais passadas e presentes para um crescimento e desenvolvimento sustentável de África.
De acordo com Daudo Vali, os países Africanos e os seus líderes devem ser mais céleres na tomada de decisões e acções de modo a acelerar a resolução de problemas urgente e o desenvolvimento do continente. Mais acrescenta que se 70% da poplulação Africana é constituída por pessoas com idade abaixo dos 35 anos, o future pertence a estas pessoas, pelo que os mesmos devem ser envolvidos em todos os aspectos da vida e política, económica e social dos países. Mais acrescenta que é igualmente crucial que os jovens tenham interesse e participem activamente na sua missão cívica de desenvolvimento, de forma pacíifica e organizada.
Redacção