Destituição de Trump: CNN
A estação de televisão norte-americana CNN revela que os advogados da Casa Branca começaram esta semana a preparar-se para um processo de destituição de Donald Trump, apesar de esta ser ainda uma possibilidade remota.
De acordo com a notícia divulgada pela CNN, o início do processo depende de um voto maioritário na Câmara dos Representantes, que é dominada pelos republicanos que, por agora, se mantêm fiéis ao Presidente Donald Trump, apesar das investigações que ensombram os seus primeiros meses na Casa Branca.
A CNN cita duas pessoas com conhecimento directo destas consultas legais, Trump está convencido que tem a confiança dos republicanos.
Mesmo assim, os advogados da Casa Branca consultaram esta semana especialistas em processos de destituição para perceber melhor como um eventual ‘impeachment’ decorreria.
A possibilidade da destituição surge desde o despedimento, na semana passada, no então diretor do FBI, James Comey, que liderava a investigação sobre alegadas ligações entre a campanha de Trump e o Kremlin.
Donald Trump chama “maluco” a James Comey
Aos responsáveis russos recebidos na Sala Oval da Casa Branca, Trump afirmou que, ao despedir o director do FBI, retirou uma “enorme pressão” que tinha sobre si. O New York Times escreveu que o presidente norte-americano chamou James Comey de “maluco”.
O New York Times, avança a informação que num encontro no dia 10 deste mês, um dia depois de ter despedido James Comey, Donald Trump terá dito a responsáveis russos que tinha “acabado de despedir o director do FBI”. Porquê? “Ele era maluco”, justificou.
Apenas um congressista republicano, Justin Amash, se mostrou favorável a uma possível destituição.
Se o processo for aberto, por voto maioritário da Câmara Baixa, culmina com a saída forçada do chefe do Governo, para isso é necessário o voto de dois terços do Senado, que atualmente é também controlado por uma maioria conservadora.
Na história, o Congresso iniciou, mas nunca terminou, a destituição dos presidentes Andrew Johnson (1865-1869) e Bill Clinton (1993-2001), enquanto a possibilidade de um processo de destituição forçou a demissão de Richard Nixon em 1974.
Redacção com JE