Fastjet nos céus de Moz
A Fastjet começou, efectivamente, a efectuar voos domésticos regulares de passageiros em Moçambique, tornando-se na primeira companhia de capitais estrangeiros a fazê-lo.
“A licença e o certificado de explorador aéreo é da Solenta Moçambique” disse o porta-voz do Instituto de Aviação Civil, Francisco Cabo.
A empresa mãe, a sul-africana Solenta Aviation, detém 28,48% da Fastjet, um consórcio de capitais da África do Sul e Grã-Bretanha.
O voo inaugural foi efectuado sexta-feira de manhã de Maputo para a cidade da Beira, mas vai também passar a haver ligações para Tete e Nampula.
Até agora, só a empresa de aviação estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) realizava voos domésticos, mas problemas de gestão e falta de aviões têm provocado atrasos e remarcação de voos.
A Solenta Aviation foi fundada em 2000 e tem sede em Joanesburgo, na vizinha República da África do Sul.
A empresa já voava no espaço aéreo moçambicano, prestando serviços a empresas internacionais baseadas no país.
O porta-voz da Instituto de Aviação Civil de Moçambique esclareceu que para operar nas rotas domésticas de Moçambique não é necessário um concurso, desde que a empresa seja reconhecida pelo Instituto de Aviação Civil.
“Os concursos são para voos internacionais. Para voos domésticos trata-se de concessão. As empresas só têm de o solicitar”, concluiu.Falando por ocasião do voo inaugural, o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Carlos Mesquita, apelou aos novos operadores para nunca descurar uma componente primordial: a segurança dos passageiros.
“A segurança dos passageiros não é matéria de qualquer negociação”, frisou Mesquita.
Numa mensagem dirigida aos gestores da transportadora de bandeira nacional – a Linhas Aéreas de Moçambique, Mesquita enfatizou para que estes busquem novas formas de actuação para garantir a sua sobrevivência no mercado.
Terão de se reinventar”, sublinhou o governante, ele próprio um destacado empresário na área dos transportes
Redacçao