Acordem e comecem a agir!

Acordem! Depois de um sono profundo, os adormecidos despertam e começam a agir.

A droga é um problema social, que não diz respeito apenas ao usuário e à família.

O consumo das drogas cresce consideravelmente a cada dia, pois ela não escolhe religião ou nível social. Está presente em todos os lugares, é realidade desde muito tempo e o grupo vulnerável são os adolescentes.

Lembrar que é um período de idade humana em que o adolescente está a procura de uma identidade, que possa representá-lo como pessoa sendo alvo de várias influências que poderão definir a sua personalidade por muitos anos.

O mundo das drogas tem o seu contexto e este modifica toda uma vida e pessoa.

Perante esta situação o Ministério do Interior, Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano e o Ministério da Saúde despertaram para este grande mal que assola a sociedade geral e, em particular, a moçambicana, tendo desenvolvido acções como marchas de estudantes a repudiarem esta prática, palestras nos bairros com a sociedade e os grupos-alvo.

Referir que o que mais se consome é a cannabis sativa, vulgo soruma, e as bebidas alcoólicas, este é mais procurado por adolescentes que fazem o mesmo nos bairros e com maior incidência nas escolas.

Daí ressaltar que “o papel da escola é formar cidadãos participativos e capazes de analisar o que é bom ou não para si de fazer as suas escolhas”.

Murad complementa: “Antes de educar os nossos filhos, precisamos educar os nossos mestres.

Isso não quer dizer que o professor deve ser perfeito como ser humano, mas que seja exemplo para os alunos em seu local de trabalho”.

Pois são notórias as ameaças que sofrem aqueles que não fazem uso de drogas, quando se deparam com adolescentes que fazem o uso escondido em um ambiente como a escola, por isso que a maioria silencia.

Há que se entender que para os que falam não é uma decisão fácil, pois se não forem ouvidos pelos professores e funcionários será em vão a sua tentativa e ainda corre-se o risco de ser agredido verbalmente e muitas vezes fisicamente por aquele que faz o uso da droga.

“A escola é o melhor lugar para se debater este assunto, por ter possibilidade de acesso de crianças, como se diz no ditado popular “É de pequeno que se torce o pepino”.

A escola não deve esperar que o problema surja na sala de aula, no pátio e no portão para discutir o problema.

Contudo, deve-se buscar um bom senso sobre o assunto, parar de tratar das drogas com medo e apenas uma curiosidade do adolescente e buscar medidas de prevenção.

Sara Jacinto Bulo *

*     Licenciada em Ciências de Educação

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição do dia 12 de Dezembro de 2017, na versão PDF do jornal Correio da manhã na rubrica REFLEXÃO PROFUNDA!

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