Moçambicanos em Angola
Um total de 36 moçambicanos entrou em território angolano expressamente para ir fazer turismo entre Janeiro e Maio deste ano, de acordo com registos oficiais do “país irmão” banhado pelo Oceano Atlântico citados pela media local.
De acordo com uma das mais recentes edições do Jornal de Angola, a Namíbia, com 15.518 visitantes, lidera a lista dos nacionais dos países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que entraram na terra governada pelo general João Lourenço, expressamente para fazer turismo.
Em segundo lugar nessa tabela aparece a República da África do Sul, com 537 visitantes, seguida do Zimbabwe (58), Moçambique, (36), Zâmbia (22) e Botsuana (15).
Entre as demais nacionalidades aparece Portugal a liderar a lista dos visitantes a Angola no período em apreciação, com 90 turistas, seguido da Itália (28), Alemanha e Reino Unido (22 cada) Cuba (20), Brasil (18) Canadá (14) e Estados Unidos da América (10).
Depois seguem-se a República Popular da China, com oito turistas, seguida da Espanha e da Finlândia (cinco cada) e depois a França e a o México, com quatro visitantes cada um.
Segundo a mesma fonte, estes visitantes tiveram como principais destinos as províncias de Cunene (fronteiriça com a Namíbia), Huila, Huambo, Benguela, Namíbia, Lunda-Norte, Cuando Cubango, Zaire, Quanza Norte e Luanda, a capital do país.
Uma das principais queixas apresentadas pelos turistas que visitaram Angola tem a ver com as vias de acesso.
O Jornal de Angola enfatiza o facto de um grupo de turistas, “por sinal ex-integrantes das forças militares do então regime do apartheid, composto por quase cem elementos, que visitou algumas zonas de Cunene em Maio”, ter destacado a necessidade da melhoria das vias, para facilitar a circulação, “dada a importância que a região representa no contexto da história da guerra que envolveu vários países onde a África do sul foi um dos protagonistas”.
O JA cita a dado passo o general sul-africano na reserva, Roland Vries, que comandou a 61ª Brigada Motorizada do então tristemente célebre Batalhão Búfalo das SADF (Forças de Defesa Sul-Africanas) na invasão a Angola de 1980 a 1988 nessa região, a sublinhar que “a província do Cunene foi palco de grandes confrontos entre o exército angolano e sul-africano e, por isso, vai ser sempre lembrada e visitada”.
Na prática, moçambicanos e angolanos movimentam-se entre Moçambique e Angola, e vice-versa, sem necessidade de visto de entrada, desde 1 de Dezembro de 2017, situação que formalmente entrou em vigor desde 15 de Fevereiro deste 2018.
Redacção