África do Sul a votos em Maio

O Presidente da República da África do Sul , Cyril Ramaphosa, anunciou semana passada (quinta-feira) no parlamento a data de 8 de Maio próximo para as eleições gerais sul-africanas.

A Comissão Eleitoral Independente diz que 563 partidos políticos e 26 milhões de eleitores estão registados para as eleições gerais de 2019.

Os partidos políticos sul-africanos já estão em campanha eleitoral apresentando seus manifestos ao público:

Criação de postos de emprego para cerca de 10 milhões de jovens desempregados, redução da pobreza e de desigualdades sócio-económicas, controlo da migração ilegal, expropriação da terra sem compensação e combate à criminalidade e corrupção dominam a campanha eleitoral que vai culminar com a votação a 8 de Maio próximo. Entretanto, alguns analistas consideram que 563 partidos políticos para 26 milhões de eleitores mostra o excesso de ambição pelo poder para o acesso aos recursos públicos. Para outros, a corrupção generalizada e falta de coesão no ANC, dominantes nos últimos nove anos de governação de Jacob Zuma, aumentaram a ambição pelo acesso aos recursos públicos.

O parlamento sul-africano de 400 assentos, tem actualmente 13 partidos eleitos em 2014.

O ANC, no poder desde a queda do regime minoritário branco do apartheid em 1994, procura manter-se no poder galvanizado pelo novo líder Cyril Ramaphosa, apesar do desgaste de governação e pressão da oposição sobretudo do partido dos Combatentes pela Liberdade Económica, EFF, liderado por jovens renegados do ANC, com Juluis Malema à testa.

As recentes sondagens de opinião indicam que o ANC pode ganhar as eleições de Maio, mas com menos votos em relação a votação de 2014.

Alguns líderes políticos dizem que a África do Sul pode ser governada por coligação de partidos depois das eleições de Maio, porque nenhum partido vai somar votos suficientes para governar o pais sozinho.

A Aliança Democrática, DA, maior partido da oposição, enfrenta divergências na sua principal base eleitoral do Cabo Ocidental que culminaram com a resignação da presidente do município da cidade do Cabo que logo depois criou o seu próprio partido.

As relações de conveniência entre a DA e o EFF forjadas na sequência dos resultados das eleições municipais de 2016 estão em crispação, depois da Aliança Democrática ter votado contra a expropriação da terra sem compensação.

Os jovens do EFF vingaram-se e alinharam-se com o ANC afastando a DA da presidência da cidade de Porto Elizabete que ganhara nas últimas eleições municipais de 2016 e ameaçam fazer o mesmo em Pretória e JHB.

THANGANI WA TIYANI, CORRESPONDENTE NA ÁFRICA DO SUL

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