Optimismo no imobiliário

Paira um optimismo substancial entre alguns operadores do sector imobiliário em Moçambique, animados pela evolução em marcha na esfera dos hidrocarbonetos, esperando-se um maior impacto deste desenvolvimento na região Norte e na cidade de Maputo.

Este sentimento foi manifestado na semana passada por dois eminentes intervenientes na área, no âmbito dos preparativos do segundo Fórum Anual Bilingue do sector Imobiliário, que deverá realizar-se em 5 de Junho, em Maputo.

Kfir Rusin, director geral da African Property Investments (API) Eventos e anfitrião do encontro programado para Junho, entende que o boom no sector imobiliário far-se-á sentir com maior impacto em Nacala, na província de Nampula e Pemba e Palma (Cabo Delgado), principal teatro de exploração de hidrocarbonetos nos próximos anos em Moçambique.

A cidade de Maputo vai, igualmente, beneficiar da procura em perspectiva no sector imobiliário graças ao seu “estatuto histórico como capital” de Moçambique, acrescentou a mesma fonte.

O optimismo de Kfir Rusin é partilhado por Manuel Vieira, presidente da Meridian32, um dos mais importantes provedores independentes de serviços imobiliários em Moçambique.

Manuel Vieira, presidente da Meridian32

“Se tiver disponibilidade de capital para fazer uma aposta com vista a uma estratégia de saída de cinco a sete anos, Moçambique é o lugar para se estar e o momento é agora”, considerou Manuel Vieira.

De acordo com este empresário, o recente aumento nas consultas de mercado é impulsionado pela expectativa do anúncio iminente das ‘Decisões Finais de Investimento‘ tanto pela ExxonMobil como pela Anadarko (vide Correio da manhã N° 5565, págs. 1 e 2).

Segundo Kfir Rusin, o II Fórum Anual Bilingue do sector Imobiliário vai acontecer na senda do sucesso do MozamReal em 2018.

“Corrida” para Moçambique à vista

Os promotores do evento de Junho afirmam que a edição deste ano está a atrair uma atenção significativa de investidores e promotores nacionais e regionais com o potencial de ser um dos eventos de maior destaque em África em 2019.

“No ano passado, o mercado foi difícil para muitos, mas o número de marcas nacionais e internacionais em parceria connosco é evidência de uma melhoria no sentimento, impulsionado pelos projectos de GNL e investimento no mercado por grandes fundos e Bancos”, consideram as nossas fontes.

Manuel Vieira acredita que “as expectativas são de que logo após o anúncio das decisões de investimento, a actividade económica entre numa curva de crescimento acentuada”.

Para este empreendedor, “enquanto os investidores e promotores circulam e se posicionam para o crescimento, o mercado ainda tem preços atraentes para investidores”, enfatizando que Moçambique “é um mercado feito para compradores. Os preços continuam em baixo em todos os segmentos”.

Apelo à prudência

Apesar deste optimismo, Manuel Vieira alerta à prudência e para a compreensão dos fundamentos do mercado moçambicano.

“As decisões vão ter de ser tomadas no momento certo. Assim que as Decisões Finais de Investimento forem anunciadas, esperamos um aumento de 20% a 30% em todos os segmentos. E esperamos que essa curva, ao longo de um período um pouco mais longo, ultrapasse os 100% no mercado habitacional”, prosseguiu a nossa fonte.

Preparativos do segundo Fórum Anual Bilingue do sector Imobiliário

Para o presidente da Meridian32, a expectativa é de que numa primeira fase o impulso se reflicta nos segmentos de Escritórios e Residencial, para depois atingir o Retalho, que será influenciado para aí uns 24 meses mais tarde, “até que o consumo privado e os níveis de rendimento disponível das famílias aumentem novamente”.

Manuel Vieira insiste na tese de que o sector da logística terá um investimento significativo, “mas será principalmente localizada longe das províncias do Sul, uma vez que estas infraestruturas serão erguidas ao lado dos projetos extrativos e do gás”.

“Temos recebido muitas manifestações de interesse de investidores da comunidade internacional e acreditamos que veremos um número significativo de iniciativas entre empresas nacionais e internacionais no Mozamreal”, sublinhou Kfir Rusin.

Manuel Vieira partilha deste pensamento, sublinhando que “os benefícios do MozamReal são muitos. Desde a partilha de experiências, dando-nos a capacidade de comparar o que fazemos em Moçambique na área imobiliária, a criar oportunidades para parcerias entre investidores nacionais e estrangeiros e profissionais, a revisitar amigos”.

Redacção

Este artigo foi publicado em primeira mão versão PDF do jornal Correio da manhã, desta quinta-feira (13 de Maio19).

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