Angola distingue Marcelino
A Fundação António Agostinho Neto (FAAN) outorga, esta sexta-feira, em Luanda, a Ordem Sagrada Esperança ao nacionalista moçambicano Marcelino dos Santos, pelo empenho na luta de libertação nacional de Moçambique e de outros países do continente africano.
A Ordem Sagrada Esperança, criada a 2 de Março de 2015, é uma ordem honorífica da FAAN, destinada a galardoar ou distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos nacionais ou estrangeiros que se notabilizaram por actos excepcionais ou quem tenha prestado serviços relevantes à luta de libertação nacional em Angola.
Em comunicado, a FAAN esclarece que a sessão solene de outorga da Ordem Sagrada Esperança a Marcelino dos Santos tem lugar hoje em Luanda, na presença do embaixador interino de Moçambique, porque Kalungano não poderá estar pessoalmente, devido à idade avançada do nacionalista moçambicano, que o impossibilita de se deslocar a Angola.
Ao que o Correio da manhã apurou em Luanda, posteriormente, uma delegação da FAAN fará a entrega da medalha e diploma em Maputo, no 90º aniversário de Marcelino dos Santos, a ser celebrado na próxima segunda-feira, dia 20.
Nascido a 20 de Maio de 1929, Marcelino dos Santos é um político e poeta moçambicano.
Foi membro fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), onde chegou a vice-presidente.
Depois da Independência de Moçambique, a 25 de Junho de 1975, Marcelino dos Santos foi ministro da Planificação e Desenvolvimento, cargo que deixou em 1977 com a constituição do primeiro Parlamento do país (nessa altura designado “Assembleia Popular”), do qual foi presidente até à realização das primeiras eleições multipartidárias, em 1994.
Com os pseudónimos “Kalungano” e “Lilinho Micaia”, Marcelino dos Santos tem poemas publicados no “Brado Africano” e em duas antologias publicadas pela Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa.
Com o seu nome oficial, tem um único livro publicado pela Associação dos Escritores Moçambicanos (AEM), em 1987, intitulado “Canto do Amor Natural”.
Redacção