Ténis pode perder 75 mil USD

A falta de seriedade em todas as esferas em Moçambique parece estar em evidencia descomunal, e o desporto, em geral, e o ténis de mesa, em particular não podia ser excepção, para não destoar…

Apurou o Correio da manhã que Moçambique corre o risco de perder um financiamento de 75 mil dólares norte-americanos da Federação Internacional de Ténis (ITF) destinados à construção de oito quadras, na área do Complexo Desportivo do Zimpeto.

Ao que o Correio da manhã apurou, a ITF até está a fazer “pressão” para que a breve trecho Moçambique dê os primeiros passos com vista à execução do referido projecto, porque, caso contrário, o financiamento há muito anunciado será cancelado.

A propósito do “caso”, o Cm contactou ontem, José Pereira, uma figura indispensável ao complexo desportivo do Zimpeto que disse o seguinte:

“O Conselho de Ministro aprovou o Decreto 41/2018 de 23/Julho que requalifica as normas de funcionamento das Fundações, Institutos e Fundos e estabeleceu o regime jurídico, admirativo entre outros”.

E acrescentou que “no quadro do referido Decreto impõe-se a necessidade de requalificação do Complexo Desportivo do Zimpeto para ter uma sustentabilidade financeira capaz de responder as suas necessidades, nomeadamente as despesas da sua manutenção”.

Lembrou que em 2014, as despesas de manutenção do complexo (Estádio Nacional e Piscinas Olímpicas) estavam estimadas em sessenta milhões de meticais, tendo admitido que actualmente o valor pode ser ainda maior, sem, contudo, referir-se a possíveis números.

Nessa ordem de ideia, segundo disse o FPD está a trabalhar com o Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) para encontrar um espaço ideal para a implementação do projecto do ténis, porque no Zimpeto as despesas da manutenção do complexo já são insuportáveis.

FMT desconhece mudanças

O Cm abordou, também, a FMT através do seu secretário-geral, Jonas Alberto, que disse que no âmbito do referido projecto, a federação irá receber cerca 75 mil UDS e que o doador teria já enviado vinte mil.

“Nós sempre estamos a trabalhar e no processo de procura de parcerias para reforçar a verba da ITF já tivemos alguns parceiros que nos garantiam apoios, nomeadamente, uma contribuição de dois campos”.

O nosso interlocutor disse que tanto quanto sabe o projecto continua firme e vai mesmo para Zimpeto, evidenciando desconhecimento de um eventual “plano B” em torno deste esforço.

Em Julho de 2017, a ITF através do seu emissário Adryan Kruger testemunhou a assinatura do memorando de entendimento para execução do projecto, entre Estado moçambicano que devia garantir o espaço e outros apoios e a Federação Moçambicana de Ténis que iria gerir o “bolo” daquele órgão desportivo internacional.

O documento foi rubricado pelo então director-geral do Fundo de Promoção Desportiva (PFD) Arsénio Sarmento, em representação do Estado e pelo presidente da FMT, Valigy Tauabo, antes de ser nomeado administrador do distrito de Palma, em representação daquele órgão desportivo.

No fim da ocasião, Valigy Tauabo disse que o custo das quadras, no mercado internacional variava de cinco mil a vinte cinco mil dólares, sendo que o último preço é de uma quadra de excelente qualidade.

DENÍLSON JÚNIOR