Missão da RAS: Incidente
Missão da RAS – As autoridades sul-africanas vão enviar uma missão de “alto nível” a Moçambique para discutir o incidente fronteiriço entre militares sul-africanos e a polícia moçambicana, anunciou hoje um porta-voz militar.
“As nossas tropas, que se encontram a patrulhar as fronteiras, têm no terreno um relacionamento com a polícia de fronteira moçambicana, mas não sabemos se é um incidente isolado e é por isso que o comandante da SANDF [Força Nacional de Defesa da África do Sul] decidiu que devemos enviar [a Maputo] uma missão de alto nível para se reunir com as autoridades moçambicanas”, disse, em declarações ao canal de televisão sul-africano ENCA, o porta-voz militar Mafi Mgobozi.
O porta-voz da SANDF não precisou quando é que a missão de alto nível é aguardada na capital moçambicana.
De acordo com Mafi Mgobozi, uma equipa da SANDF esteve em Ndumo a investigar a ocorrência para determinar as causas do incidente.
A SANDF ainda não divulgou detalhes, tendo apenas adiantado através do seu porta-voz, que do lado sul-africano “não há a registar qualquer baixa”.
Na segunda-feira, Mafi Mgobozi afirmou que os militares sul-africanos envolveram-se num “incidente de tiros” com a polícia de fronteira de Moçambique, sem indicar a existência de vítimas.
Segundo Mafi Mgobozi, o incidente ocorreu na área da reserva animal de Ndumo, leste de Farazella, que faz fronteira com Moçambique, no nordeste da província sul-africana do KwaZulu-Natal.
O porta-voz militar sul-africano disse que os soldados “realizavam uma patrulha de rotina, como parte da proteção da fronteira, quando o incidente ocorreu”, acrescentando que “os detalhes sobre este incidente são ainda incompletos e as razões para o tiroteio desconhecidas”.
Também na segunda-feira, o Comando-Geral da Polícia de Moçambique na província de Maputo disse que o incidente fronteiriço provocou dois mortos.
Os corpos dos dois agentes policiais moçambicanos foram encontrados na Ponta do Ouro, na parte moçambicana, afirmou a polícia de Moçambique.
As autoridades militares da África do Sul têm vindo a reforçar o patrulhamento ao longo de toda a fronteira com Moçambique devido à caça furtiva, crime organizado e contrabando.
Redacção