Outubro “rosa” para Chang
Outubro, justamente nos dias 16 e 17, logo depois de os moçambicanos terem decidido a sua sorte para os cinco anos seguintes é quando o caso Manuel Chang será apreciado no Tribunal Supremo de Joanesburgo, na África do Sul.
Esta foi a decisão anunciada esta segunda-feira, a poucas horas da data inicialmente prevista para este exercício.
Coincidentemente a data vem “colar” com as especulações dos construtores da “teoria de conspiração” que há muito aventavam que este caso ficaria em “banho-maria” até à realização das eleições presidenciais, legislativas e provinciais programadas aera ter lugar em Moçambique no dia 15 de Outubro
O Ministério Público sul-africano confirmou o adiamento na tarde desta segunda-feira depois do encontro com advogados do governo moçambicano e do ministro sul-africano da Justiça e Serviços Correcionais.
A nova audição, a primeira no Tribunal Supremo, estava prevista para esta terça-feira em Joanesburgo.
Os advogados de uma firma sul-africana contratados pelo governo moçambicano tinham indicado que queriam adiamento para 3 de Setembro para se inteirarem devidamente do processo.
O Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO), uma coligação de mais de 10 organizações da sociedade civil, de Moçambique, e o Ministro sul-africano da Justiça, Ronald Lamola, opõem-se a extradição de Manuel Chang para Moçambique.
O FMO quer que Manuel Chang seja extraditado para Estados Unidos da América o país que solicitou através da Polícia Internacional (INTERPOL) a detenção do antigo ministro moçambicano na África do Sul.
O Ministro sul-africano quer novo aconselhamento jurídico para tomar decisão porque considera que surgiram novos factos depois da decisão do seu antecessor, ter decidido extradição de Chang para Moçambique depois de mais quatro meses de audição no tribunal de Kempton Park.
Manuel Chang foi detido em Dezembro de 2018 a pedido da Justiça dos EUA, sob acusação de diversos crimes de índole financeiro.
THANGANI WA TIYANI, CORRESPONDENTE NA ÁFRICA DO SUL