Abranda procura de imóveis

O Correio da manhã apurou de alguns agentes imobiliários activos em Maputo que, em 2015, por exemplo, a média mensal de procura de apartamentos na capital moçambicana era de 40 clientes, contra apenas 10 que se regista desde o início do corrente ano.

“Há muitos imóveis desocupados e pouca procura por parte dos clientes devido à crise e efeito USD”, disse Assuad Hassan, um dos agentes imobiliários abordados pelo Cm para comentar a performance deste sector nos dias que correm.

Hassan acrescenta que “há casas por arrendar e vender em quase todos os bairros nobres de Maputo há mais de três meses, algo que não acontecia nos anos anteriores. O normal era ficar apenas dois dias e os clientes apareciam e disputavam os apartamentos”.

Na lupa daquele agente imobiliário, hoje em dia as pessoas optam por buscar alojamentos nos bairros periféricos ou mesmo sub-urbanos das cidades de Maputo e Matola, onde os preços são relativamente acessíveis, pois com seis mil meticais consegues arrendar uma casa t-2.

Por seu turno, Helena Afonso, promotora de venda de serviços imobiliários na capital moçambicana, afirmou que tem recebido vários proprietários de imóveis que procuram por clientes e com propostas de negociações muito baixas.

“Nos bairros como Alto Maé e Malhangalene, por exemplo, um apartamento tipo-2 que se arrendava a 25 mil meticais/mês até meados de 2015, actualmente o cliente, mesmo assim com relutância, aceita pagar uma mensalidade de entre 18 e 20 mil meticais”, apontou Helena Afonso.

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