Eleições regulares

Eleições regulares – O ano de 2019 é de eleições gerais na África Austral. África do Sul e Malawi realizaram eleições gerais. Moçambique vai à votação geral este mês.

Desde a década de 1990, os países da região têm realizado eleições gerais regulares, sem alterações de vulto na vida das populações, pois dirigentes políticos sequestram os processos cívicos para seu benefício.

Na África do Sul, o Congresso Nacional Africano, ANC, no poder desde 1994, prometeu medidas reformistas na economia nacional com impacto social.

No entanto, passam 25 anos de governação e pouco mudou para o bem das populações pobres.

A pobreza aumentou. O país transformou-se numa zona de guerra sem quartel no qual 58 pessoas são assassinadas por criminosos em média por dia e três pessoas em cada 10 sul-africanos não têm emprego na economia formal do país mais industrializado em África.

No Malawi, parte da população está zangada com o resultado das recentes eleições gerais, considerando que a democracia foi manipulada.

Regularidade de eleições gerais não significa democracia saudável. Em Moçambique, há barulho em torno do recenseamento eleitoral na província de Gaza, sul do país.

Dados obtidos pela Secretário Técnico de Administração Eleitoral (STAE) são considerados estranhos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), principal órgão de recolha de dados estatísticos no país.

Dirigentes sequestraram o processo aumentando nove mandatos parlamentares em Gaza, apesar do distanciamento do INE dos números do STAE.

Eleições gerais regulares são usadas por dirigentes para renovar seus egos em nome das populações.

Na África do Sul, Malawi e Moçambique, candidatos a cargos de governação do país fazem promessas de inclusão em tempo de campanha eleitoral, mas no final reina exclusão económica e social em todos os sectores.

O sector público da comunicação social é usado para proteger e promover interesses da elite política no poder colocando muro de vedação contra cidadãos com ideias diferentes. Os muros são mais altos na Zâmbia, Zimbabwe, Lesotho, Moçambique e Malawi com faixa frontal da democracia manipulada.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 02 de Outubro de 2019, na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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