Enchimento de urnas
Enchimento de urnas – Correspondentes ao serviço do Centro de Integridade Pública (CIP) denunciaram casos de tentativas de enchimentos de urnas em Nampula, na EPC Eduardo Mondlane de Angoche e Zambézia, EPC 16 de Junho, Mopeia.
Esses informantes referiram que uma escrutinadora de nome Selma Francisco foi encontrada com boletins de votos pré-marcados para o partido Frelimo, prestes a ser introduzidos nas urnas, no âmbito do chamado enchimento fraudulento, muito denunciado pela oposição.
No distrito de Milange, localidade de Dachua, na província central da Zambézia, um cidadão foi detido com mais de seis boletins votos extras.
Ainda em Milange, na localidade de Chitambo, mais um cidadão foi surpreendido com boletins de voto pré-marcados a favor do partido Frelimo, presumivelmente no âmbito de iniciativas fraudulentas de enchimento de urnas de votos.
No geral, as assembleias de voto abriram normalmente em todo o País, com poucos problemas que não paralisaram a votação por longos períodos.
A afluência às urnas é mista. Há filas com centenas de eleitores principalmente no Niassa, Nampula, Zambézia e Sofala.
Em Mecuburi e Nacala, Nampula, as filas chegam a atingir mais de 400 eleitores enquanto em Massinga (Inhambane), Xai-Xai e Bilene (Gaza), Bagamoio (Maputo-Cidade), havia assembleias de votos sem eleitores por volta de 9 horas, um prenúncio de baixa participação.
Algumas mesas não abriram até nove horas na cidade da Beira, como o caso da mesa 07033-02, na EPC Primeiro de Maio no Bairro da Manga, por que a urna não tinha tampa, segundo fontes do CIP.
Mesmo em plena cidade de Maputo, houve casos de assembleias de voto que abriram tardiamente, com obstrução do desempenho dos observadores, entre outras anomalias.
No Niassa, Mecanhelas, na EPC de Satema, Mbolera, Ritande e Mangomera mesas ainda não haviam aberto até 10 horas devido à chegada tardia de material de votação.
Na Ilha de Moçambique, justamente na Assembleia de votação onde o candidato a presidência da República pelo partido RENAMO, Ossufo Momade, ocorreram escaramuças depois de se descobrir uma tentativa de enchimento de urnas.
Depois de exercer o seu de direito de voto, Ossufo Momade criticou as tentativas de enchimento de urnas e avisou que “a RENAMO não vai aceitar resultados manipulados”, acrescentando que a sua organização “está disposta a fazer o que o povo indicar” na sequência destas eleições.
(Correio da manhã de Moçambique)