Filho de Lalgy raptado
Filho – Shelton Belemo Lalgy, filho do empresário moçambicano da esfera dos transportes de carga, foi hoje raptado na província de Maputo, Sul de Moçambique.
O facto foi já confirmado pela Polícia da República de Moçambique (PRM).
“O rapto de Shelton Belemo Lalgy ocorreu na Matola, província de Maputo”, limitou-se a dizer o porta-voz da polícia moçambicana na província de Maputo, Fernando Manhiça, que promete avançar mais detalhes oportunamente.
A Lalgy, que iniciou as suas operações na década de 1980, é uma das principais empresas de transporte de carga diversa em Moçambique, com operações que se estendem para alguns países da África Austral.
As principais cidades moçambicanas foram palco de uma onda de raptos a partir 2012, mas este tipo de crime quase desapareceu nos últimos meses, o que é associado a uma série de detenções e condenações de pessoas envolvidas nestes delitos.
Moçambique está quase que extractificado por três regiões de riscos diversificados, sendo o Norte alvo de ataques de insurgentes alegadamente islamitas ligados ao Estado Islâmico, o Centro flagelado por ataques armados protagonizados por presumíveis dissidentes da RENAMO e o Sul volta e meia castigado por raptos e sequestros de pessoas, geralmente indivíduos financeiramente desafogados.
O episódio desta manhã reanimou desconforto no seio da classe empresarial.
Alguns empresários vão ao extremo de sugerir, nas redes sociais, o afastamento dos responsáveis máximos da Polícia da República de Moçambique e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), alegadamente “por mau desempenho”.
Outros sugerem a possibilidade de se criar uma comissão que teria por tarefa fazer “uma aproximação” ao Governo “para em conjunto buscar soluções imediatas” para se salvaguardar o que resta da confiança relativamente às autoridades e a Moçambique como praça de negócios.
Consta que Shelton Belemo Lalgy foi interpelado às primeiras horas desta quinta-feira próximo da sua residência por homens armados que se faziam transportar numa viatura sem chapa de inscrição e, sob ameaça de espingardas de assalto, obrigado a abandonar a sua viatura e a seguir viagem para parte incerta com os atacantes ainda a monte.
(Correio da manhã de Moçambique)