Preço da corrupção

Preço da corrupção – O continente africano tem 54 países independentes, sendo que outros dois (Sahara Ocidental e Somalilândia) a sua independência é disputada.

Em quase todos os 54 países independentes prevalece corrupção ou desvio de recursos públicos para benefício individual.

A corrupção é um fenómeno com idade da humanidade. A bíblia sagrada diz que Jesus Cristo foi traído por seu discípulo Judas Iscariote em troca de dinheiro. Os corruptores pretenderam, maltrataram e mataram o filho primogénito de Deus há 2019 anos.

A morte de Jesus Cristo foi o primeiro preço doloroso para a humanidade em geral, em especial para cristãos que perderam o seu guia espiritual enviado pelo Pai. foi o Preço da corrupção.

Com 25 anos da democracia, a África do Sul mergulhou num mar de corrupção que desorganizou quase todas as empresas públicas.

A ESKOM, empresa de produção, transmissão e distribuição de energia eléctrica, está tecnicamente falida depois de ter sido considerada a melhor em África. A sua crise mergulhou a economia mais industrializada em África nas trevas.

A corrupção generalizada cortou as asas da South African Airways (SAA), linhas aéreas de bandeira sul-africana. A companhia paralisou os voos semana passada porque os trabalhadores estão zangados com as condições de trabalho e salários magros.

A companhia cancelou vários voos regionais e internacionais por causa da greve dos trabalhadores.

Entretanto, noutros sectores da economia e de serviços públicos o fogo de corrupção continua a lavrar provocando vítimas.

Na segunda-feira, 25 de Novembro, eu estava com um amigo algures na vila de Kompatipoort.

O meu amigo precisava de carne de porco num talho muito frequentado por moçambicanos. Entramos no talho e pedimos cinco quilos de carne bife de porco. A senhora da caixa disse que naquela secção do talho apenas vendiam carne misturada e não somente bife.

Entretanto, um dos trabalhadores do talho apercebeu-se da nossa preocupação e prometeu ajudar o meu amigo dando cinco kg de carne bife, mas o comprador devia pagar-lhe “refresco”. A quantidade de carne solicitada custava 210 randes, mas o trabalhador cobrou mais 30 randes de “refresco”. No final, o meu amigo ficou sem dinheiro para comprar cebola e ou batata para sua família em Moçambique. Fiquei com pena, muita pena mesmo.

O meu amigo revelou que o Hospital Central de Maputo, o maior do país, anda cheio de doentes de diversas enfermidades, mas um punhado de gente desviou muito dinheiro relacionado com o crédito de 2.2 mil milhões de dólares norte-americanos para benefício individual e procuram os melhores advogados para se defender na barra da justiça.

A corrupção rouba escolas, estradas, pontes, hospitais, médicos e muitos outros serviços públicos essenciais.

THANGANI WA TIYANI

Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 28 de Novembro de 2019, na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE

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