Economia cresce 4%

A economia moçambicana registou um crescimento de 4% no primeiro semestre de 2016, avançou o porta-voz do Conselho de Ministros, que esta terça-feira aprovou o relatório de balanço do Plano Económico e Social.

Mouzinho Saide, que falava aos jornalistas à saída do encontro, disse que o Governo mantém uma previsão de crescimento económico de 4,5% para 2016.

O valor da previsão de crescimento económico agora divulgado está em linha com o orçamento rectificativo aprovado no parlamento a 25 de Julho, quando o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, anunciou uma revisão em baixa de 7% para 4%, e uma estimativa de inflação média anual de 16,7%.

Apesar de “a implementação das actividades não estar ao ritmo desejado”, Mouzinho Saide mostrou confiança em relação ao cumprimento dos objectivos traçados no Plano Económico e Social, “não obstante e a situação de estiagem que o país enfrentou e os ataques de homens armados da Renamo”, afectando a circulação de pessoas e bens na região centro do país.

Segundo o comunicado da sessão ordinária desta semana do Conselho de Ministros, da análise geral do desempenho dos indicadores do primeiro semestre do Plano Económico e Social, “em cerca de 42% dão indicação de que as metas serão atingidas”.

A respeito da execução orçamental, o documento indica que a cobrança de receitas se situou nos 41% no primeiro semestre face ao planificado e nos 19,6% na despesa.

Estes dados são “encorajadores em termos de receitas” e estão dentro da previsão para o semestre do lado da despesa, observou Mouzinho Saide.

O relatório do primeiro semestre, de acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, teve com base o Plano Económico e Social aprovado no parlamento em Dezembro de 2015.

A conjuntura económica que Moçambique atravessa, marcada pela descida do Metical, das exportações, do investimento e da ajuda externa, e pela subida da inflação e da dívida pública, levou o Governo a rever as suas metas para 2016.

No final de Julho, a Assembleia da República aprovou um orçamento rectificativo, reflectindo um forte abrandamento do crescimento da economia, face a uma média superior a 7% nas últimas duas décadas, e um ambiente de austeridade.

 

 

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