PR responde a Dhlakama
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, rejeitou um pedido da Renamo de ordenar a retirada do exército de Gorongosa, centro de Moçambique, onde se presume que esteja escondido o líder do principal partido de oposição, Afonso Dhlakama, afirmou hoje o Governo.
“Efectivamente, houve uma carta que o gabinete do presidente da Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] enviou ao Presidente da República, propondo que as Forças Armadas que estão estacionadas na Gorongosa se deslocassem, fazendo uma retirada para um certo número de pontos”, disse, em entrevista à emissora pública Rádio Moçambique, Jacinto Veloso, chefe da delegação do Governo moçambicano nas negociações com o maior partido de oposição.
A carta enviada pela Renamo, prosseguiu Veloso, foi respondida verbalmente no sentido de que as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas não vão sair de Gorongosa, centro do país, mas podem parar os ataques, caso o braço armado da Renamo cesse as suas incursões.
“A resposta é; as Forças Armadas de Defesa de Moçambique não vão mover-se do lugar onde estão, o Presidente da República já deu garantias, já falou, que logo que a Renamo pare com as suas acções armadas, com todos os seus actos terroristas e de outro tipo que está a realizar, o Presidente manda imediatamente parar, como Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, toda e qualquer acção armada contra os locais onde a Renamo esteja estacionada”, acrescentou Veloso.
O chefe da delegação do Governo moçambicano respondia ao anúncio, na quarta-feira, do chefe da delegação da Renamo, José Manteigas, de que Afonso Dhlakama enviou uma carta a Filipe Nyusi, sobre um cessar-fogo, sem, contudo, referir o teor da mesma.