Empresas devem redefinir

Empresas – A Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Absa Bank Moçambique, Luísa Diogo, aconselha aos gestores moçambicanos a reinventar as suas empresas e a redefinir as respectivas estratégias para responderem aos desafios impostos pela pandemia da Covid-19 e garantir persistência.

Em mensagem emitida no segundo webinar do projecto Moz Talks, uma plataforma de debates sócio-económicos, resultante de uma parceria entre o Ministério da Indústria e Comércio, a delegação da União Europeia em Moçambique e a Eurocam, Luísa Diogo enfatizou que para ultrapassar esta fase turbulenta, “as empresas terão de se reinventar, apostando na inovação”. 

“As empresas têm que olhar para as diferentes possibilidades. Primeiro para o mercado local e depois para o mundo inteiro e, na base disso, ver as diferentes dificuldades, os desafios e depois ver as oportunidades também. Quando ela descobre as oportunidades, entra no processo de enfoque e, algumas vezes, até de concentração, porque sente que os custos já não podem ser os mesmos, então ela pode emagrecer, concentrar-se um pouco mais, e depois enfocar nos nichos onde pode continuar a fazer a sua actividade. Há aquelas que, a dada altura, têm que fazer layoff e dialogar com o Estado sobre essa situação, porque o interesse do Estado, acredito, é que esta empresa não sucumba”, referiu aquela que um dia trabalhou na sede do Banco Mundial.

Luísa Diogo, que entre outros cargos já exerceu o de ministra das Finanças de Moçambique, acredita que o sentido inovador das empresas vai se reflectir na capacidade de resiliência das mesmas, reconhecendo que este seria mais eficiente com a execução de um resgate económico bem articulado, em conjunto com as estâncias governamentais.

“Noutros países chama-se o pacote de alívio, numa situação de crise que as empresas têm. Noutros casos chama-se pacotes de reactivação e reavivamento das próprias empresas, mas a ideia fundamental, independentemente do nome que o pacote tenha, é que haja uma maneira de trabalhar de forma coerente e clara em que os estímulos e os alívios são bem recenseados, são bem claros, para poder responder aos desafios gerais que as empresas têm”, argumentou, reconhecendo, entretanto, os esforços do Governo na protecção às empresas.

 A antiga Primeira-Ministra de Moçambique referiu que “o Estado, através do regulador do sistema financeiro moçambicano, que é o Banco Central, emitiu logo o seu posicionamento, o seu sinal de solidariedade, relaxando algumas das exigências que existem, por exemplo, em relação às provisões, para casos em que as empresas não estão preparadas para fazer o pagamento, devido ao impacto da Covid-19, um estímulo que visa demonstrar às empresas que estamos sempre juntos, não só nos momentos em que as empresas têm capacidade para pagar”.

Luísa Diogo realçou, igualmente, a importância dos seminários temáticos e outras plataformas de debate como um aliado no combate ao Covid-19, podendo as empresas munirem-se de conhecimentos para enfrentar a situação.

(Correio da manhã de Moçambique)

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