Redacção incendiada
Redacção dos jornais Canal de Moçambique (tabloide semanário) e Canal Moz (diário electrónico) foi incendiada por desconhecidos na noite de domingo.
As instalações atacadas localizam-se no centro da cidade de Maputo, a capital de Moçambique, e ficaram completamente destruídas na sequência de um fogo posto por desconhecidos.
Trata-se de uma prática recorrente em Moçambique, onde jornalistas e Redacções são ciclicamente atacados por indivíduos nunca até agora identificados e consequentemente responsabilizados.
A própria sede da SOJORNAL, onde funcionam as Redacções dos jornais Correio da manhã e revista Prestígio foi atacada por duas vezes em menos de seis meses em 2018 – entre Junho e Dezembro -, mas até hoje o assunto não foi esclarecido pelas autoridades competentes.
Aparentemente, os atacantes da sede do Canal de Moçambique terão introduzido bidões de combustível no interior das instalações do jornal depois de arrombarem a porta da frente da casa, de acordo com relatos dos responsáveis pelas duas publicações.
“Os sinais que encontrámos no interior da Redacção não deixam dúvidas de que se trata de um acto criminoso e não de um acidente”, frisou André Mulungo.
Por seu turno, o editor-executivo do Canal de Moçambique assegurou que o semanário não vai parar o seu trabalho, estando os jornalistas a trabalhar para a próxima edição, que sai às quartas-feiras, no pátio do prédio onde funciona a publicação.
“Este incêndio não nos vai parar, seria uma vitória para os que deitaram fogo na redação e uma derrota para a liberdade de imprensa. O mal nunca pode vencer”, sublinhou Matias Guente.
A Redacção do Canal de Moçambique e Canal Moz localiza-se no rés-do-chão de um prédio de dois andares.
A SOJORNAL expressa a sua total solidariedade com os colegas do Canal de Moçambique e Canal Moz e encoraja a todos os membros da classe a se manterem firmes e prosseguir com aquilo que se comprometeram a fazer por Moçambique e pelo mundo.
(Correio da manhã de Moçambique)