Africanos: prémios Nobel
Africanos – Em cumprimento da vontade do químico, engenheiro e industrialista sueco, Alfred Nobel, foram estabelecidos em 1895 cinco prémios Nobel nas áreas de Química, Física, Medicina, Paz e Literatura e em 1968 o Banco Central da Suécia estabeleceu o prémio de Ciências Económicas para reconhecer o sucesso e dedicação de pessoas que tenham feito pesquisa bem-sucedida em prol da humanidade nestas áreas.
Os prémios começaram a ser atribuídos em 1901. Entre 1901 e 2019, 923 pessoas e 27 organizações receberam os prémios.
Entretanto, há um grande défice de prémios Nobel nas áreas de Medicina, Química e Física para africanos em África.
Salvo falhas de pesquisa da minha parte, nenhum africano em África terá sido atribuído prémio pela sua investigação bem-sucedida nas três áreas indicadas no parágrafo anterior.
Com quatro laureados de Paz, África do Sul, país mais industrializado em África, lidera a lista dos prémios Nobel de Paz no continente africano. Sem paz não há desenvolvimento nas áreas de Medicina, Química ou Física. Mas o continente africano, considerado berço da humanidade e de universidades, mostra que a pesquisa não tem sido devidamente valorizada para resolver problemas de doenças endémicas curáveis que matam centenas de africanos.
O continente africano é muito rico em plantas medicinais cuja pesquisa científica e aplicação bem-sucedidas podem ser reconhecidas e ganhar prémio Nobel.
Um amigo dizia-me há duas semanas que o grande problema de África é que se não é guerra é corrupção.
Se houvesse prémio Nobel em fazer guerra ou corrupção, África podia estar mesmo no topo da tabela.
Há muitas teorias que justificam o fracasso dos africanos: marginalização de seus esforços pelas antigas potenciais coloniais e falta de condições ou oportunidades de pesquisa nas instituições académicas africanas, só para citar algumas alegações.
Mas África não é o único continente colonizado por europeus. Muitos até esquecem que os Estados Unidos da América, hoje país mais poderoso do Mundo, foi colonizado por europeus, tendo proclamado a sua independência em Julho de 1776.
Há muitas áreas do saber que o continente africano pode explorar e ganhar prémios Nobel de Medicina, Física, Química ou Economia.
A 4 deste mês de Outubro foi comemorado o dia internacional do professor. Muitos analistas reconhecem que africanos deram passos positivos na redução de analfabetismo desde que vários países se tornaram independentes das potências coloniais europeias a partir da década de 1960.
Escolas e universidades são centros primários de conhecimento científico sem fronteiras, faltando apenas vontade política, económica e social para fazer trabalho do tamanho de Alfred Nobel.
THANGANI WA TIYANI
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Correio da manhã, na sua edição de 08 de Outubro de 2020, na rubrica semanal O RANCOR DO POBRE
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