Comunidade moçambicana
Comunidade moçambicana – O meu amigo Refinaldo fez-me um pedido, para voltar a escrever para o seu tablóide, despois de alguns anos de interregno. Interregno que até teve a mudança do nome do seu Correio da manhã” para Redactor! Convite aceite. Assim e, de vez em quando, da diáspora e com prazer, vou ter que rabiscar algumas linhas.
E, nada melhor que iniciar esta, para falar da Comunidade Moçambicana no Reino Unido.
De facto, parecendo que não, há muitos moçambicanos a labutar e viver neste país. Uns directamente vindos de Moçambique e outros, especialmente, oriundos de Portugal. Não somos com certeza a maior comunidade, mas temos muita gente por aqui, representando, quase todas as províncias de Moçambique, espalhadas, pelas várias cidades britânicas.
Na cidade de Leicester, onde vivo, fiz um levantamento estatístico, só de memória e conhecimento, constatei que existem, umas 300 casas de pessoas com raiz em Moçambique. Se, por média, cada casa tiver um agregado de quatro, teremos a rondar 1200 compatriotas, só nesta cidade de Midlands. Claro, poderá haver muito mais, mas isso requer algum trabalho de pesquisa. Na área de Londres, também vive uma boa multidão moçambicana, não tenho números exactos, mas estamos em via de fazer esse levantamento.
Quando digo estamos, é porque contamos, para além da nossa Embaixada, principalmente, a Casa de Moçambique, situada em Londres. Ela sempre existiu, mas o trabalho comunitário era bastante inóquo, visto que, estas coisas requerem tempo e “carolices”. Com certeza que já ouviram o “refrão”, “Time is Money” (Tempo é dinheiro), pois, aplica-se à letra por estas bandas. Cada hora custa-te a módica quantia de £8.72, mais ou menos os 12 US dólares/hora, obviamente, que ninguém no seu perfeito juízo quer desperdiçar. Mas, como em tudo, há sempre gente boa e “patriarca”, que tenta dar o seu melhor a comunidade, não olhando apenas para os cifrões.
A Casa de Moçambique, tem um novo presidente desde Janeiro de 2020, muito conhecido na sociedade moçambicana, José Carlos, que foi internacional de Hóquei em Patins do nosso país e um dos ícones da modalidade. Mesmo agora e apesar da distância, não deixa de dar os eu contributo a modalidade do seu coração.
Pois, Zé, pegou nessa pasta, formou a sua equipa, escolhendo o seu elenco, alargando o horizonte para outras cidades que não exclusivamente a cidade de Londres com era o apanágio anterior. O autor destas linhas também foi incluído nessa comissão. Havia muitos planos traçados, mas a maldita Covid-19, veio estragar tudo. É verdade que o trabalho não parou, mas como é evidente, afectou muito, principalmente no que a convívios se refere, pois, era usual haver encontros de confraternização nas principais datas comemorativas, como é o de 7 de Abril, 25 Junho e outros.
Esta comissão tem-se reunido on-line para medir o “barómetro” e traçar alguns planos. Está em perspectiva um encontro entre a comunidade dos vários pontos do Reino Unido, logo após o lockdown. Existe um acompanhamento sobre tudo que se passa no país e por isso também, existe uma preocupação em termos logísticos, por causa das calamidades naturais e não só.
A Casa de Moçambique, “trabalha” directamente com a Embaixada moçambicana, e com o Alto Comissário o Sr. Filipe Chidumo, que terminou a sua missão e está de regresso ao país, tendo sido obsequiado com uma pequena festa de despedida, por motivos de restrições existentes no Reino Unido. Em sua substituição, foi nomeada a Senhora Albertina Maria Domingos Mac Donald, que exercerá as mesmas funções do anterior diplomata.
Este é o rápido poster, que se pode fazer da nossa comunidade no Reino Unido. (Comunidade moçambicana)
FAHED SACOOR
Este artigo foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 31 de Dezembro de 2020, na rubrica de opinião denominado DA DIÁSPORA
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