Roubo de vacina de covid-19
Roubo de vacina – África do Sul já recebeu o primeiro lote de vacina contra COVID-19 adquirida na Índia. Os primeiros beneficiários serão os profissionais da Saúde na linha da frente de salvamento de vidas nas unidades sanitárias. A sociedade sul-africana está menos eufórica, porque não tem dados sólidos da redução de infecções provocada pelas vacinas produzidas à pressa pelas farmacêuticas.
A vacina AstraZeneca foi produzida por uma farmacêutica indiana.
O presidente Cyril Ramaphosa disse que sul-africanos são livres de apanharem ou não a vacina. A administração da vacina não será obrigatória. É que alguns sul-africanos são cépticos e críticos. Questionam a segurança da vacina.
Desde que o governo começou a falar da procura de vacina, começaram a circular vídeos de sul-africanos dizendo que estão menos motivados a receber a vacina. Uns diziam ironicamente que querem ver primeiro os dirigentes políticos, suas famílias, amigos, amantes e outros bem conectados com a elite política dirigente a serem administrados, para terem certeza que a vacina é segura. Não querem ser cobaias de experimentação de medicamentos letais.
Outros ainda foram mais longe dizendo que o melhor método de controlo da segurança da vacina é vê-la roubada nos armazéns por “camaradas do ANC” como alegadamente tem acontecido com recursos públicos que são desviados para fins pessoais quase todos os dias nas instituições.
Governantes africanos perderam credibilidade.
A banalização de um assunto tão importante como a vacina contra COVID-19 que na África do Sul infectou mais de 1.4 milhão de pessoas e matou mais de 44 mil de outras mostra o nível de saturação do povo com a corrupção e roubo de recursos públicos.
Camaradas do ANC e pessoas influentes e bem conectadas com a elite política governante serviram-se de fundos destinados à compra de equipamentos de protecção individual de pessoal de saúde envolvido na guerra contra a pandemia de COVID-19.
Empolamento de preços de serviços de mitigação dos efeitos de coronavírus, que incluem máscaras e desinfectantes, foi reportado em Angola e Moçambique, onde se diz que gastos per capita foram duas vezes mais que em Portugal.
O povo perdeu confiança com dirigentes numa altura em que se exige a união de forças no combate à pandemia.
Em Moçambique, cada calamidade é oportunidade para se roubar o apoio destinado às vítimas. Aconteceu com apoios às vítimas dos devastadores ciclones IDAI e Kenneth que assolaram as regiões centro e norte, respectivamente, em 2019.
Depois da recente tempestade Eloise foi reportado na Zambézia pelo menos um caso de desvio de apoios para as vítimas.
Entretanto, não me lembro de ter acompanhado julgamento ou condenação de ladrões de fundos de mitigação de COVID-19 ou de apoios para as vítimas de calamidades naturais.
Na África do Sul espera-se que camaradas do ANC roubem vacina de COVID-19 como teste da sua segurança e eficácia para seres humanos.
THANGANI WA TIYANI
Este artigo intitulado Roubo de vacina foi publicado em primeira-mão na versão PDF do jornal Redactor, na sua edição de 29 de Janeiro de 2021, na rubrica de opinião denominado O RANCOR DO POBRE
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