A fisiologia do pensamento de um pobre

Quem espreitou a Biologia viu os estudos sobre a anatomia humana e, mais longe, viu sobre a fisiologia humana. Ou seja, como funciona esse corpo. Nele, encontramos vários órgãos interligados e cada um desempenhando o seu papel.

Mas agora não vamos falar sobre a anatomia e fisiologia humana. Queremos nos ater apenas à fisiologia do pensamento de um pobre no meio de quem tem poder. 

Numa definição não muito exigente, os pensamentos são aqueles considerados mosaico de conexões neurais. Eles surgem a partir de padrões de actividade neural que representam informações sobre o nosso mundo interno e externo. Os pensamentos podem caracterizar-se por conscientes ou inconscientes, voluntários ou involuntários.

Todo o arsenal de informações é guardado no cérebro e de lá processado para ser explícito ou não e é aí onde entra a reflexão, a única caixa que nos difere dos outros animais. Porém, para o pensamento de um pobre, ele é emaranhado de incertezas, incompetência, medo de perder o que não tem, intervalos não lúcidos, luta para ser aceite e, sobretudo, para conquistar lugares ainda que não tenha capacidade para tal.

Da mesma forma que o pensamento de um escravo é um dia ser livre, o pensamento do pobre mental é algum dia ser chefe, razão pela qual, a única missão é enaltecer o chefe em exercício para sempre conquistar espaço. Ele sabe que com competência, inteligência, não conseguirá esse bendito lugar e, sendo assim, a lei do menor esforço entra. Que é a bajulação. 

Quando falo de pobre, não me estou a referir a pessoas desprovidas de bens. Refiro-me a gente que mal usa o seu cérebro, teve e tem oportunidades para mudar algo, mas prefere ser ridícula em nome de cargos e vida melhor. Esses são mais pobres que quem não tem, por exemplo, casa, emprego, dinheiro, etc..

Os pobres mentais têm uma mente funcionando como um centro de tratamento de cólera, só tem acesso ao local, os profissionais alocados e os pacientes ficam incertos se de lá sairão vivos ou não. Os pobres mentais têm sempre essa luta, se estão a falar bem ou não do patrão. Eles são capazes de afirmar que um limão é uma abóbora, tudo isso porque o seu líder assim disse. A mente deles é uma folha de papel fácil de movimentar e são movidos pelas mordomias.

Os pobres mentais ficam em pânico quando o assunto é mudança, pois eles já estavam acomodados e qualquer palavra que envolva mudança é uma afronta. Por isso, esse tipo de pessoas, mais do que constituir perigo social, é um veneno mortífero. Nos últimos dez anos, foi fabricado e pulula nas televisões se passando de analista político, quando na verdade defende o mal. 

Essas pessoas não gostam de trabalho árduo e quando têm trabalho, preferem alojar-se no lugar de vassalo do que contribuir para o bem do seu chefe e, consequentemente, da nação. São um esterco de porcos que não serve nem para adubar qualquer cultura devido à sua toxicidade, se assim quiser usar, é preciso um tempo de cinco ou seis meses antes de a cultura ser plantada.

Os pobres mentais devem ser combatidos para o bem da nação e de fãs gerações vindouras. 

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 30 de Julho de 2024.

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