A inutilidade dos panfletos em tempos de campanha

Desde que me conheci como gente, em tempos de campanha eleitoral, os panfletos são quase a espinha dorsal dos concorrentes, sejam os partidos na luta pelos assentos no parlamento ou os presumíveis presidentes à corrida à “Ponta Vermelha”. 

Num país como o nosso, pobre e desprovido de bens, dependente de tudo e com o seu povo sofrendo em tudo, não será prioridade a colagem de panfletos. Até porque esses papéis não têm criado impacto nenhum na mente dos eleitores.

Um panfleto, um simples pedaço de papel, uma foto na parede de pessoas sujando o meio ambiente e degradando o ambiente, não estamos a pensar no ambiente para as futuras gerações. Que os ambientalistas avaliem o impacto que esses panfletos causam no meio social. 

Uma simples camiseta não ajuda praticamente em nada. Tudo o que podemos ou pode-se fazer é pensar-se no futuro do povo e, sobretudo, na sobrevivência das crianças, idosos e os dependentes. A campanha não pode ser sinónimo de esbanjamento monetário. 

Algures em Chamanculo, na cidadde de Maputo, já no segundo dia da campanha eleitoral

Há que se criar uma lei em que os concorrentes devem ser apoiados pelos seus membros, o Estado apenas irá custear o deslocamento do material de votação, pagamento dos membros das mesas, formadores, etc., ou seja, a logística de todo o processo. E a campanha eleitoral fica a cargo dos partidos e seus membros. 

E quando se está no processo de paquera, não se envolve os sogros, salvo erro no momento da apresentação. A campanha eleitoral é um momento de paquera, fica para os interessados. Que a Assembleia da República se encarregue disso nos próximos anos: criar a lei de não financiamento dos partidos políticos no acto da campanha eleitoral.

Os partidos não podem sobreviver com o dinheiro que não produzem. O Estado está com a peneira vazia, mas, mesmo assim, gasta o que não tem. 

Portanto, panfletos, camisetas, financiar os partidos em tempos de campanha eleitoral, comprar carros de luxo em tempos de campanha eleitoral, produzir calendários, entre outras coisas, são inúteis num povo que precisa de comida, saúde, educação básica, vias de acesso em condições, sistema de transporte público humano, etc. 

Se quisermos um país bom, devemos incomodar o presente e isso é da responsabilidade de cada moçambicano. 

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 27 de Agosto de 2024.

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