Cada vez mais caro matar sede

O consumo de água está mais caro desde 01 de Outubro em Moçambique e as autoridades justificam a decisão com a necessidade de salvaguardar a manutenção dos sistemas.
De acordo com a empresa distribuidora, a medida foi tomada em Agosto, sem anúncio público, por parte da entidade provedora, apesar de constar do Boletim da República do mesmo mês.
O jornal governamental moçambicano (Boletim da República), apesar de ser de distribuição pública, não existe hábito da sua procura e consulta por parte do cidadão comum.
“Este sacrifício é pela garantia da qualidade de serviços”, disse Manuel Alvarinho, director do Conselho de Regulamentação de Água de Moçambique.
Manuel Alvarinho disse que o reajuste foi feito de forma que as camadas vulneráveis não sejam afectadas, na medida em que a percentagem de subida mais alta foi fixada para as grandes indústrias.
“Se não o fizermos, teremos problemas sérios”, argumentou Manuel Alvarinho.
Na cidade e província de Maputo, o custo de água por metro cúbico subiu de 19 meticais para 22 meticais para os munícipes que consomem entre cinco e dez mil litros por mês e, para os que estão acima desta quantidade, o valor passou de 29,5 meticais para 35 meticais por metro cúbico.
No início de Novembro, a empresa Eletricidade de Moçambique introduziu novas tarifas de energia em Moçambique e, em média, o preço por quilovátio/hora aumentou 1,59 meticais, assegurando que as tarifas sociais não seriam agravadas.
Os aumentos acontecem num período em que o Governo moçambicano tenta prevenir novos agravamentos dos bens essenciais, numa conjuntura económica marcada pela forte desvalorização do metical e expressiva subida do custo de vida.

REDACÇÃO

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