AMOMIF e Banco Mundial
AMOMIF – O Banco Mundial iniciou uma colaboração com a Associação Moçambicana de Operadores de Microfinanças (AMOMIF) tendo em vista melhorar a inclusão financeira, através do envolvimento de instituições microfinanceiras. De imediato, lançaram um inquérito conjunto que visa “aprofundar o conhecimento da dimensão e âmbito dos operadores e instituições do sector”.
A sede da AMOMIF beneficiou, recentemente, de alguma reabilitação de meios de trabalho que contou com fundos do IFAD, através do projecto REFP, assim como assistência técnica da Gapi-SI. “Através desta reabilitação, a associação tem agora disponível meios de comunicação essenciais para informar os seus membros e mobilizar as instituições interessadas”, lê-se num dos comunicados internos da organização. Um desses meios é a página web que agora divulga o inquérito.
A AMOMIF foi constituída em Setembro de 2007, depois de um período de incubação com apoio do Banco Mundial. Porém, depois de 2013 muitas das instituições microfinanceiras mudaram de actividade ou passaram a operar como informais. A associação começou a perder a sua dinâmica inicial, tendo ficado paralisada desde 2015.
Desde 2018 e 2019 representantes de algumas instituições do sector financeiro têm vindo a cooperar para relançar a AMOMIF e através da sua rede tentar consolidar, expandir e regular a actividade da indústria de microfinanças. Em 2020 e 2021 foi elaborado e aprovado um novo plano estratégico.
A actual presidência do conselho de direcção da AMOMIF está sob a responsabilidade de um dos seus membros fundadores, a Gapi, representada por António Souto, o qual considera que “apesar do impacto extremamente negativo da pandemia da Covid-19, que atrasou por mais de um ano a implementação do plano estratégico aprovado em 2021, estamos determinados a realizar aquilo que os nossos membros nos recomendaram e solicitaram para salvar a indústria microfinanceira”.
“O desenvolvimento sustentável e harmonioso de Moçambique é indispensável para que haja paz e melhoria dos rendimentos das famílias. Mas isso só se consegue com políticas económicas mais assertivas no que respeita à inclusão económica e financeira. O sector das microfinanças pode contribuir significativamente para isso. Neste sentido, o acesso e bom uso de serviços financeiros é muito importante, e não se alcança apenas através da actividade dos grandes bancos, nem só com dinheiro electrónico. A inclusão precisa de entidades especializadas operando com proximidade geográfica e cultural, particularmente no meio rural e zonas periurbanas”, comentou o actual presidente do Conselho de Direcção da AMOMIF, António Souto.
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