As telefonias móveis, míopes ou amblíopes?

Estava aqui tomando o meu chá sem açúcar, aliás, água quente numa chávena velha enferrujada e cheia de experiência. Chávena que entalou várias vezes nos lábios de muitas pessoas dando um dia delicioso. 

Peguei no meu celular e vi uma facada nas tarifas das telefonias. Não me dei tempo para perguntar a mim mesmo, continuei tomando o meu chá e de forma estressada e sentindo uma agressão académica. Puxei umas perguntas!

Tempo depois, ataquei a minha mente com dezenas de perguntas-bomba. Se um Roque Silva cai, a internet deve subir? Qual a relação entre Silva e as telefonias móveis? Depois desta tragédia comunicacional, o que mais irá subir?

Ninguém me responde e a minha mente me trai surpreendentemente. O chá amargou e a vida azedou. Como faremos nós, alunos? O Governo é contra a ciência? A favor do analfabetismo? Da miséria mental? Da desgraça académica? Do desespero juvenil? Até quando falaremos para estes avatares pendurados em escritórios?

E as empresas são amarradas a quem? A nossa economia é de mercado ou centralizada? Somos democráticos ou socialistas marxista-leninista? Quem irá cuidar dos problemas dos moçambicanos? Ou essas tarifas vão sustentar o gabinete dos ex-presidentes que inventaram para sacar dinheiro do pobre moçambicano?

Eles não estão a favor de nós para isso já mostraram. Roubaram votos descaradamente e ninguém piou. Ameaçaram-nos fechar os microfones, e ninguém ousou dizer algo.

Vamos fazer de tudo para juntos organizarmos este país ainda que para isso tenha de haver tombos. As empresas devem de forma insistente e persistente recusar essa política de extinção de desenvolvimento. Dizer chega é um acto de coragem, mas também de humanismo. 

Qual a gramática do negócio? Os nossos empresários são míopes ou amblíopes? Que régua usam para medir os ganhos e as perdas? Basta o Governo falar eles são obrigados a obedecer ainda que seja uma fala oca?

Ao povo, há aqui uma oportunidade de se levantar contra esta sabotagem de estudo. Eles estão a sabotar os estudantes e seus sonhos em terminar os cursos. Não são só estudantes de cursos à distância, como também os presenciais, pois eles precisam de pesquisar e não se pesquisa com dedo ou unha. É com a internet e, sem ela, como irão ter o conhecimento?

Não adianta confiar em bandidos que criam leis na calada da noite para os seus benefícios machucando o povo que trabalha muito para se manter e manter a eles. Desde quando eles compram megabyites? Desde quando eles compram créditos? Sabem o preço de um diamante? Txuna crédito madrugada?

Desde quando eles ficam sem comunicação? Desde quando eles vão atrás de txuna crédito? Aqui não pode haver do partido X ou Y, todos estamos “matrecados” e ofendidos. Vamos à rua para repor a legalidade e respeito ao povo moçambicano. Chega de abusos! Malandros! 

Portanto, o que não conseguirmos resolver agora, nunca mais resolveremos. Esses senhores estão cada vez nos ensaiando como se de cobaias fôssemos. Estamos todos ofendidos e abusados! Até quando isso? Quem suporta um governo incompetente?

Iremos nos ver na marcha. Você policial, leva a sua arma e lute. Esteja pela primeira vez do lado da verdade mostrando também que está indignado. Esqueça as ordens superiores, se possível, use uma máscara para não aparecer nos vídeos. Mas não deixe de lutar! Lute e lute, estimule a si e verá que você é a parte mais sacrificada do país. 

Não invetemos um metaverso. Se permitirmos isso, estamos a permitir o descolamento dos sonhos das próximas gerações. Povo que dorme, se agride a si mesmo e se acusa em consciência.

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 10 de Maio de 2024.

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