As viagens do mano Chapo

Chapo, o Daniel Francisco, é um candidato às presidenciais de 9 de Outubro, onde os moçambicanos mais uma vez serão chamados para decidirem, se bem que decidem, em eleger o seu Presidente, se bem que é presidente deles. 

Nessa temporada em que a lei interdita a campanha eleitoral antes do tempo, parece que Chapo não tem esse conceito, embora se diga que é formado em Direito, ou seja, perito das leis. Se ainda pré-candidato atropela as leis, imagina quando o votarem? Se antes ouvimos que havia um coração que sangrava a dor dos moçambicanos e cabia, mas a curto trecho, o coração murchou que ninguém coube mais a não ser dinheiro e ganância. 

Teremos alguém que dirá que dará Justiça a todos os moçambicanos se atropela antes de tomar o lugar do boisse? Será que as eleições são concorridas em pé de igualdade? Quem disciplina o comportamento inadmissível no processo eleitoral?

Outra constatação, parece que o senhor Chapo é um piloto, tem mais ou fará mais horas de voos que os próprios pilotos. Se bem que (como dizem) chapo chapo é fazer as coisas de forma rápida, o homem é veloz mesmo, disso ninguém tem dúvidas. É veloz em atropelar as leis, em torar taco, em fazer mais horas no voo, ou seja, em tudo. O homem causa ave-ce nos seus adversários, a lei não o atinge, pois esta é para pobres e os Zé ninguém. 

Será que a Frelimo tem tanto dinheiro assim para fazer passear o seu candidato? Ou é mola do erário? Numa altura em que a fome aperta, os funcionários em reivindicação dos seus ordenados, as estradas parecem-se como uma pessoa no banco do dentista de boca aberta à espera que o tirem o único dente que tem, as escolas como pocilgas, os hospitais sem insumos, seria pertinente gastar muito dinheiro numa pessoa em detrimento da colectividade?

Serão mesmo quotas dos camaradas que movimentam o senhor Chapo? Se dar opinião não é crime, diria que não se pode confiar num homem que no primeiro encontro bate na parceira. Será violento para sempre. Nenhum violento muda magicamente, a não ser que queira simular. 

O que acontecerá caso seja eleito? Preste atenção e abra os olhos. Primeiro, vai procurar repor o dinheiro que gastou de amigos e vizinhos, colocar essas pessoas em sectores-chave para recuperarem o seu taco, e nisso o povo estará minguando. 

Se, de facto, for dinheiro de quotas do seu partido, ao ser eleito, procurará liquidar essa dívida sacando nos cofres do Estado para manter o seu partido que o deu a mão. E nisso, não haverá medicamentos nos hospitais, os salários atrasarão, a vida será precária e a insegurança aumentará.

Os militares e agentes da Polícia continuarão sem botas e nem salários. Sem comida nas casernas e muito respeito de que eles merecem. As postagens irão aumentar em nome das “melhorias das estradas”. Tudo será difícil e as dívidas externa como interna aumentarão de forma assustadora. Os recursos de que Moçambique dispõe serão maldição para o povo. 

Segundo, fechará as oportunidades de emprego porque o Estado não terá dinheiro para pagar a ninguém e os funcionários em exercício serão sacrificados triplicando as funções para se fecharem as lacunas causadas por irresponsabilidade. Nada irá andar a não ser a perpetuação da intimidação e ameaças sem número. 

Terceiro, haverá uma greve generalizada. Não podemos esperar nada de uma pessoa que não pensa nos outros. Tudo o que os moçambicanos devem fazer é pensar bem e lutar para libertar o país das mãos dos colonos pretos. 

Desta vez, há muitas opções para que o quadro seja mudado. A luta que os moçambicanos devem desencadear deve ser para a melhoria do país e recuperação das mãos opressoras.

Se quiser um Moçambique melhor, vote nos programas e não nas emoções e nem na história do partido. Há partidos antigos que castigaram o povo e continuam a castigar.

Portanto, não olhe para o partido, olhe para o compromisso, manifesto e programa do candidato e devemos como moçambicanos aprender a cobrar dos políticos de forma firme e incisiva.

JÚNIOR RAFAEL OPUHA KHONLEKELA

Este artigo foi publicado em primeira mão na edição em PDF do jornal Redactor do dia 24 de Junho de 2024.

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